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Governo é acusado de omissão em ataques de janeiro, segundo senador Izalci Lucas. General teria retido informações e poderia ter evitado vandalismo.

O senador Izalci Lucas, do PSDB-DF, fez um discurso enfático no Plenário nesta segunda-feira (4), onde apontou a omissão do governo federal nos ataques ocorridos no dia 8 de janeiro. De acordo com o senador, tais atos de vandalismo poderiam ter sido evitados se o general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, não tivesse deixado de compartilhar as informações que lhe foram transmitidas. Essa afirmação do senador foi baseada no depoimento prestado pelo general Penteado durante uma audiência na Câmara Legislativa do Distrito Federal, que ocorreu também nesta segunda-feira (4). Penteado foi o segundo na hierarquia do GSI.

Izalci destacou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) havia alertado o GSI, que tem a responsabilidade de zelar pela segurança do Palácio do Planalto, sobre o plano dos ataques no dia 6 de janeiro. Para o senador, se essas informações tivessem sido repassadas a tempo, seria possível mobilizar todas as forças de segurança e impedir os eventos daquele dia.

Durante seu pronunciamento, Izalci ressaltou uma coincidência entre a situação no Distrito Federal e no governo federal. Ambos estavam em estado de prontidão ou sobreaviso. Ele explicou que quando se está de sobreaviso, os militares permanecem em suas residências ou realizam atividades com suas famílias, indo para o quartel apenas se forem acionados. Já quando se está em prontidão, as pessoas permanecem no quartel, aguardando qualquer sinal ou comando.

O parlamentar também cobrou a disponibilização das filmagens feitas pelo Ministério da Justiça no dia dos ataques e afirmou ter solicitado a quebra do sigilo telemático do ex-ministro G. Dias, o que inclui suas conversas no WhatsApp.

O senador mencionou que o depoente, G. Dias, disponibilizou seu celular na quinta-feira, e acredita que a Polícia Legislativa tenha apreendido o aparelho. Ele espera que, com essa apreensão, seja possível acessar as conversas que ocorreram no dia 8 de janeiro, pois vários vídeos já foram apresentados, inclusive pelo próprio ministro Flávio Dino, afirmando que na prática, ele comunicou ao presidente Lula, que já sabia dos acontecimentos.

É importante ressaltar que a reprodução deste artigo é autorizada mediante a citação da Agência Senado, de acordo com informações presentes no final do texto.

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