O Brics terá seis novos membros a partir de janeiro de 2024, expandindo sua influência global.
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Ramaphosa afirmou que a nova composição do Brics entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024 e destacou o interesse de outros países em estabelecer parceria com o bloco. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se pronunciou sobre a ampliação do grupo, ressaltando a importância do Brics e a relevância dada por outros países ao bloco.
O ex-presidente brasileiro afirmou que muitos alegavam que os Brics seriam muito diferentes para ter uma visão comum, mas a experiência tem mostrado o contrário. Segundo ele, a diversidade fortalece a luta por uma nova ordem que leve em conta a variedade econômica, geográfica e política do século XXI. Lula fez uma menção especial ao presidente argentino, Alberto Fernández, chamando-o de grande amigo do Brasil e do mundo em desenvolvimento.
A adesão dos novos membros foi oficializada na Declaração de Joanesburgo, documento acordado entre os atuais integrantes do Brics. O presidente Lula destacou que o bloco continuará aberto a novos candidatos e que foram definidos critérios para a entrada de futuras nações.
Além disso, foi acordado que os bancos centrais e ministérios da Fazenda e Economia de cada país serão responsáveis por realizar estudos visando a adoção de uma moeda de referência do bloco para o comércio internacional. Essa medida tem como objetivo aumentar as opções de pagamento e reduzir as vulnerabilidades dos países. Também houve o compromisso de buscar uma reforma da governança global, especialmente em relação ao Conselho de Segurança da ONU.
A 15ª Cúpula de chefes de Estado do Brics se encerrou nesta quinta-feira, após duas sessões ampliadas com a participação dos países-membro e outras nações convidadas. Após o fim da conferência, o presidente Lula viajará para Angola, onde fará uma visita de Estado, e depois para São Tomé e Príncipe, para participar da conferência de chefes de Estado da CPLP.
Este movimento de ampliação do Brics é mais um passo importante para consolidar o bloco como uma força significativa no cenário internacional. Com os novos membros, o Brics se tornará ainda mais representativo e poderá ampliar a sua atuação em questões econômicas, políticas e sociais globais.