CPMI pretende chamar Mauro Cid novamente, além de solicitar a quebra de sigilos da deputada Carla Zambelli.
Além disso, está prevista a oitiva de Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que fazia parte da equipe da Ajudância de Ordens do então presidente Jair Bolsonaro. A reunião da comissão ocorrerá no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado Federal, às 9 horas.
A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama do PSD do Maranhão, sugeriu a reconvocação de Mauro Cid. Embora o tenente-coronel tenha comparecido à comissão em 11 de julho, ele seguiu a orientação de sua defesa e optou por não responder às perguntas dos parlamentares. Posteriormente, a Polícia Federal descobriu sua participação na venda ilegal de presentes recebidos pelo Brasil de autoridades estrangeiras.
Além de Mauro Cid, a comissão pode votar a quebra de sigilos de outros três militares ligados à Ajudância de Ordens da Presidência da República durante o governo de Jair Bolsonaro. Os alvos dos requerimentos são o coronel Marcelo de Costa Câmara, o tenente Osmar Crivelatti e o sargento Luis Marcos dos Reis, que também poderá ser convocado.
Em relação à deputada Carla Zambelli, há requerimentos solicitando a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e telemático da parlamentar, assim como de pessoas ligadas a ela, incluindo seu irmão Bruno Zambelli, deputado estadual pelo PL de São Paulo, seu marido, o coronel Antonio Aginaldo de Oliveira, e seu motorista, Renan Cesar Silva Goulart. Essas medidas têm o objetivo de investigar uma denúncia feita à comissão pelo hacker Walter Delgatti Neto, que afirmou que Carla Zambelli pagou R$ 40 mil para que ele tentasse invadir plataformas da Justiça na internet.
Outro conjunto de requerimentos trata da participação de servidores públicos no planejamento e na execução de bloqueios em rodovias durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022, especialmente na região Nordeste. Os pedidos de quebra de sigilo são direcionados a Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça, André Saul do Nascimento, gestor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina, Luís Carlos Reischak Júnior, ex-superintendente da PRF no Rio Grande do Sul, Marcelo de Ávila, servidor da PRF, e Djairlon Henrique Moura, também servidor da PRF.
A CPMI também pode votar requerimentos para apurar o financiamento de caravanas de manifestantes que se dirigiram a Brasília antes dos atentados do dia 8 de janeiro.
Adicionalmente, a comissão pode convocar o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues e o subtenente Beroaldo José de Freitas Júnior, integrantes da Polícia Militar do Distrito Federal, com a finalidade de identificar quem autorizou a abertura da Esplanada dos Ministérios aos manifestantes antes do dia 8 de janeiro e analisar as tentativas para controlar a perturbação da ordem pública.
É importante ressaltar que todas essas medidas estão sendo tomadas com base em investigações da Polícia Federal e também no intuito de esclarecer os acontecimentos relacionados ao dia 8 de janeiro, que envolveram um ataque ao Congresso Nacional.
A CPMI promete trazer à tona informações importantes e pode ser um marco para elucidar fatos que ainda geram muitas perguntas e incertezas. O país aguarda os desdobramentos dessa comissão, pois a busca pela verdade é fundamental para a democracia e para o fortalecimento das instituições.