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O Supremo Tribunal Federal (STF) presta homenagem à Mãe Bernadete com um minuto de silêncio em cerimônia solene.

Na tarde desta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) prestou uma homenagem de um minuto de silêncio à líder quilombola Maria Bernadete Pacífico, conhecida como Mãe Bernadete, de 72 anos, que foi brutalmente assassinada a tiros no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, Bahia, na última quinta-feira.

Durante a sessão, a ministra Rosa Weber relembrou que no mês passado ela se encontrou com Mãe Bernadete e teve a oportunidade de ouvir relatos sobre casos de violência enfrentados pelas comunidades quilombolas. A ministra ressaltou que esse trágico episódio evidencia que a sociedade ainda tem um longo caminho a percorrer em termos de avanço civilizatório e efetivação dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição.

Antes do assassinato, como presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a ministra Rosa Weber anunciou a criação de um grupo de trabalho com o objetivo de elaborar propostas para ampliar a atuação do Judiciário nos processos envolvendo comunidades quilombolas. Essa iniciativa busca oferecer maior proteção e garantia dos direitos dessas comunidades historicamente marginalizadas.

Após o crime chocante, o governo do estado da Bahia decidiu revisar todos os protocolos de proteção dos defensores de direitos humanos. Além disso, medidas adicionais de segurança estão sendo implementadas no Quilombo Pitanga dos Palmares, bem como em outras comunidades, com o objetivo de garantir a integridade e a segurança dos ativistas que lutam pelos direitos dessas comunidades.

Os parentes de Mãe Bernadete foram removidos da comunidade e levados para outros locais, como medida preventiva. A Polícia Civil está investigando o caso para identificar os responsáveis por esse crime brutal e garantir que sejam levados à justiça.

Esse triste evento serve como um trágico lembrete de que mesmo em pleno século XXI, ainda existem lutas a serem travadas para garantir a proteção e o respeito aos direitos das comunidades quilombolas e de todas as minorias étnicas e sociais. É necessário que a sociedade como um todo se una na busca por uma sociedade mais justa e igualitária, onde episódios como esse sejam completamente extintos.

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