Ex-presidente do Incra defende melhorias para assentados, visando aprimorar as condições de produção no campo.
Durante o depoimento, o deputado Zucco, presidente da comissão, concordou que as políticas agrárias devem ser direcionadas aos produtores já assentados, visando melhorar a qualidade de vida de suas famílias. Ele mencionou a importância de fornecer infraestrutura, como água, luz e treinamento, para aqueles que sonham em produzir.
Já o deputado Padre João destacou que a regularização da posse da terra não é o único objetivo dos assentados. Eles precisam de assistência técnica e apoio para desenvolver seus assentamentos. O parlamentar denunciou que muitos assentamentos sequer têm acesso a água potável.
Geraldo Melo ressaltou que, nos últimos quatro anos, o Incra recebeu mais recursos e passou por um processo de modernização. No entanto, ele afirmou que os problemas relacionados à reforma agrária são herança de anos de negligência com o órgão. Melo também pediu à bancada do governo que destinasse mais recursos para o Incra, já que, nos quatro anos anteriores, não houve emendas nesse sentido.
O ex-presidente do Incra lembrou que o Estatuto da Terra prevê a realização da reforma agrária em três etapas: implantação, desenvolvimento e consolidação dos assentamentos. Ele argumentou que só com o desenvolvimento de políticas de permanência será possível garantir a paz no campo.
A comissão continua investigando o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e os impactos das políticas de reforma agrária no Brasil.
Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Geórgia Moraes