Brasil possui diversas alternativas para auxiliar na descarbonização do planeta.

De acordo com Gastón Perez, presidente do Simea, enquanto outros países possuem apenas uma alternativa para combater os efeitos do CO2, o Brasil conta com diversas opções, como o motor flex com etanol, biodiesel, biogás e a energia elétrica gerada por fontes limpas. Além disso, o país tem o potencial para produzir hidrogênio verde, considerado o combustível definitivo e mais adequado para o planeta nas próximas décadas.
Atualmente, já existe tecnologia para utilizar o etanol como ponto de partida para a geração de hidrogênio no veículo, que seria usado para alimentar o motor elétrico. Essa tecnologia, ainda cara, está sendo estudada pela Universidade de São Paulo. No entanto, outras opções para obter hidrogênio, como a eletrólise da água, também são viáveis desde que sejam utilizadas fontes limpas de energia, como a eólica, solar e hidráulica.
Além disso, a regularização de um mercado de créditos de carbono é considerada fundamental. Isso permitiria que os motoristas fossem recompensados financeiramente pela escolha de combustíveis menos poluentes, contribuindo para combater as mudanças climáticas.
Outro assunto abordado recentemente foi a situação da fabricante chinesa BYD na Bahia. O investimento de R$ 3 bilhões da empresa no estado nordestino tem enfrentado algumas dificuldades, mas a BYD ainda não mostrou intenção de recuar. Houve uma confusão sobre a compra da fábrica de Camaçari, que produzia modelos da Ford, mas acabou sendo revertida para o Estado da Bahia. A empresa americana que ocupava a fábrica espera ser indenizada pelas expansões realizadas. A negociação ainda está em andamento e não há previsão de quando será concluída.
Por fim, fala-se sobre as vendas discretas do Fiat 500e, o substituto do icônico Fiat 500. O modelo elétrico, que chegou ao mercado por R$ 239.990, teve seu preço reduzido para R$ 224.990, mas ainda não decolou em vendas. No entanto, mesmo sendo um carro de nicho, o Fiat 500e é valorizado por suas características únicas, como a agilidade no trânsito urbano e o modo de condução “sherpa”, que estende ao máximo o alcance do veículo. Embora tenha um entre-eixos limitado, o subcompacto é fácil de estacionar e possui um porta-malas surpreendente quando o banco traseiro é rebatido.
No panorama atual, é de extrema importância que o Brasil continue investindo em alternativas sustentáveis para a mobilidade, regulamentando um mercado de créditos de carbono e incentivando o uso de combustíveis menos poluentes.