Haddad solicita maior diversificação na indústria global, visando a ampliação das oportunidades e o desenvolvimento sustentável.

Haddad ressaltou que o mundo está passando por um retrocesso no que diz respeito à globalização, mas essa situação pode resultar em um movimento de diversificação e pulverização das plantas industriais, oferecendo salários e empregos mais dignos e qualificados para a população. Ele acredita que as economias em desenvolvimento devem investir na descentralização da produção em poucos países, e vê a África e a América do Sul como possíveis plataformas para a diversificação das atividades industriais globais.
O ministro destacou a importância do Brasil nesse contexto, especialmente no investimento em indústrias relacionadas ao meio ambiente, como a produção de hidrogênio verde e a ampliação do uso do etanol. Ele ressaltou que o país é líder em energia limpa e que o presidente Lula, desde o início de seu mandato, priorizou a mudança climática ao nomear Marina Silva para o Ministério do Meio Ambiente.
Além disso, Haddad enfatizou o papel da agricultura brasileira nesse processo, que vai além da produção de grãos e inclui a produção de energia limpa, como biomassa e biocombustíveis. Ele afirmou que o Brasil pretende ser uma fonte de energia limpa não apenas para si mesmo, mas também para o mundo, exportando produtos verdes.
Em relação ao Brics, o ministro ressaltou a importância da cooperação entre os países do grupo para promover o multilateralismo e distribuir as oportunidades de forma mais igualitária. Ele destacou a necessidade de os organismos internacionais refletirem esse novo contexto global, no qual potências emergentes estão mudando a dinâmica econômica, social e política do mundo.
Durante esta semana, Haddad participará de encontros bilaterais para discutir acordos econômicos e cooperação financeira entre o Brasil e nações africanas. O país pretende fortalecer suas relações econômicas com os demais membros do Brics e discutir a expansão do Novo Banco de Desenvolvimento, atualmente presidido por Dilma Rousseff.