Deputada Zambelli vira ré no STF por acusações de perseguição com arma de fogo.
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O caso que levou à aceitação da denúncia ocorreu durante as eleições de 2022, quando Zambelli sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo. A perseguição começou após uma troca de provocações entre os dois durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.
A maioria dos ministros votou pela aceitação da denúncia, incluindo o relator Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Cristiano Zanin, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Rosa Weber e Luiz Fux. Gilmar Mendes argumentou que existem indícios suficientes para abrir uma ação penal contra Zambelli, ressaltando que o uso de uma arma de fogo fora dos limites da defesa pessoal, em um contexto público e ostensivo, pode implicar em responsabilidade penal.
Por outro lado, o ministro André Mendonça votou pelo envio das acusações para a primeira instância da Justiça, enquanto Nunes Marques votou pela rejeição da denúncia. Marques alegou que o caso só poderia ser levado à Justiça por meio de uma ação penal privada, a ser iniciada por Luan Araújo. Ele também argumentou que Zambelli estava reagindo a “ofensas” dirigidas a ela.
A partir da aceitação da denúncia, será iniciado um processo criminal contra a deputada. Durante esse processo, serão ouvidas testemunhas de defesa e de acusação. Ao final, será decidida a condenação ou não da parlamentar.
A defesa de Carla Zambelli informou que irá se pronunciar por meio de uma nota à imprensa.