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Casos de SRAG relacionados à covid-19 têm queda na maioria dos estados, mas avançam em quatro unidades federativas, aponta Fiocruz

Os dados mais recentes divulgados pelo boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam que a maioria dos estados brasileiros vem apresentando uma tendência de queda nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) relacionada à covid-19, com destaque para a região centro-sul do país. No entanto, quatro unidades federativas – Espírito Santo, Mato Grosso, Paraíba e Tocantins – apresentaram sinais de aumento nos números de SRAG, principalmente entre idosos, crianças e adolescentes até 14 anos.

De acordo com a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, a análise dos dados do sistema Sivep-Gripe indica uma queda na tendência de longo prazo e na de curto prazo em nível nacional. A partir da Semana Epidemiológica 42, entre 13 e 19 de outubro, é possível observar uma diminuição nos casos de covid-19 em diversos estados, especialmente na região centro-sul.

Portella também ressalta a importância das medidas de prevenção, como o uso de máscaras em ambientes fechados e com aglomeração de pessoas, além da vacinação contra a covid-19, principalmente para os grupos de risco. Ela destaca ainda a necessidade de manter o isolamento e uso de máscara ao apresentar sintomas de síndrome gripal, como forma de evitar a propagação de vírus respiratórios.

Em relação aos resultados de casos de SRAG neste ano epidemiológico, foram notificadas 147.782 ocorrências, sendo que 47,3% tiveram resultado positivo para algum vírus respiratório, incluindo influenza A, influenza B, vírus sincicial respiratório, rinovírus e Sars-CoV-2 (covid-19). Quanto aos óbitos registrados, totalizando 9.040 mortes, 51,7% tiveram resultado laboratorial positivo para vírus respiratório, sendo o Sars-CoV-2 responsável por 52,0% desses casos.

A Fiocruz destaca que os dados de positividade para os últimos meses estão sujeitos a alterações devido ao fluxo de notificação e inserção de resultados laboratoriais. A pesquisa reforça a importância do monitoramento contínuo da situação epidemiológica e da adoção de medidas preventivas para mitigar os impactos da covid-19 e outras doenças respiratórias.

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