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Primeira audiência da Justiça para tratar do lamentável incêndio nas instalações do Ninho do Urubu ocorreu hoje.

No último dia (data a ser confirmada), o juízo da 36ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio realizou a primeira audiência de instrução e julgamento do processo criminal relacionado ao incêndio no Centro de Treinamento Ninho do Urubu, que resultou na morte de 10 atletas de base do Flamengo. O lamentável incidente ocorreu em 2019, quando os jogadores dormiam em contêineres no alojamento.

Nesta fase do processo, oito réus estão sendo julgados pelas mortes, sendo acusados de incêndio culposo qualificado pelos resultados de morte e lesão grave. Dentre os réus, estiveram presentes na audiência o técnico em refrigeração Edson Colman da Silva e o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Carvalho Bandeira de Mello. No entanto, dois réus, o ex-diretor financeiro do Flamengo, Antonio Marcio Mongelli Garotti, e o engenheiro do clube, Marcelo Maia de Sá, não compareceram à audiência. Além deles, os quatro representantes da empresa responsável por fornecer os contêineres instalados no Ninho do Urubu também não compareceram.

A ausência dos réus e dos representantes da empresa resultou na decretação de revelia pelo juiz. Essa decisão implica que o processo continuará, mesmo sem a presença dos réus, e não afeta o ônus da prova.

A tragédia ocorreu durante a noite, no alojamento onde as categorias de base do Flamengo eram hospedadas. A maioria dos atletas conseguiu escapar, mas infelizmente 10 jogadores perderam suas vidas. Athila Paixão, Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Gedson Santos, Jorge Eduardo Santos, Pablo Henrique da Silva, Rykelmo de Souza Vianna, Samuel Thomas Rosa e Vitor Isaías, todos com idades entre 14 e 16 anos, faleceram devido ao incêndio.

É importante ressaltar que essa é apenas a primeira audiência do processo e que ainda serão analisadas todas as provas e argumentos apresentados pelas partes envolvidas. A tragédia no Ninho do Urubu trouxe à tona a necessidade de se revisar e reforçar as medidas de segurança em centros de treinamento e alojamentos destinados a atletas, visando garantir a integridade e o bem-estar dos jovens esportistas. A sociedade espera que a justiça seja feita e que medidas preventivas sejam adotadas para evitar que tragédias como essa se repitam no futuro.

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