A gestão Nunes distribui para escolas um kit de ciência com caixas contendo imagens de fuzis.
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Nesta quinta-feira (17), a SME (Secretaria Municipal de Educação) afirmou que orientou as escolas a descartarem as embalagens com a imagem do fuzil, mas permitiu que as lanternas e o restante do material fossem utilizados normalmente.
Diretores e professores ficaram chocados ao receberem os kits e se depararem com a imagem de um fuzil na caixa das lanternas. Para eles, essa foto é completamente inadequada para o ambiente escolar.
Segundo a secretaria, duas empresas venceram a licitação para fornecer os kits de ciências às escolas. Além das lanternas com imagens de fuzil, o material é composto por uma série de itens, como lupa, esqueleto de plástico e balança de alta precisão, entre outros.
A pasta da Educação informou que as empresas contratadas (CSL Educacional e Legend Comércio) enviaram as lanternas em embalagens com a foto da arma sem o conhecimento da secretaria. Alegou, ainda, que as duas empresas foram notificadas sobre o ocorrido.
“A compra dos kits nunca incluiu caixas em armazenamento de lanternas led, elas foram enviadas por conta das próprias fornecedoras, que foram notificadas sobre a embalagem cuja imagem não é condizente com o ambiente escolar. Vale destacar que não houve e nem haverá custo à administração pública”, afirmou a secretaria em nota.
A reportagem da Folha de São Paulo tentou entrar em contato com as empresas, porém não obteve resposta até o momento da publicação deste texto. É importante destacar que a identificação da origem das lanternas e a responsabilização das empresas envolvidas no equívoco são fundamentais para garantir que situações como essa não se repitam novamente.
Em meio às discussões sobre a segurança nas escolas e o papel da educação na prevenção da violência, é preciso que os gestores estejam atentos também aos materiais pedagógicos fornecidos aos alunos. A imagem de um fuzil nas lanternas enviadas para as escolas da rede municipal de São Paulo gera preocupação e mostra a importância de um controle mais rigoroso sobre os produtos adquiridos e distribuídos nas instituições de ensino.