O Delegado da Polícia Federal, vítima de tiros na região da cabeça em Guarujá, será encaminhado para um hospital em São Paulo.
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Após passar por um procedimento neurocirúrgico, o delegado segue internado na UTI, intubado e sedado, porém seu estado de saúde é estável. Por esse motivo, a transferência foi permitida. Como o hospital de Guarujá não possui heliponto, ele será transportado de ambulância até o heliponto do Corpo de Bombeiros, de onde seguirá de helicóptero para a capital paulista.
Segundo relatos da corporação, o policial foi atingido enquanto cumpria um mandado de busca e apreensão. Ele foi socorrido em uma viatura da própria PF e levado para um hospital na cidade. De acordo com o boletim de ocorrência preliminar, os agentes foram recebidos a tiros na avenida Tancredo Neves, no bairro Cachoeira.
Durante a operação, dois suspeitos foram presos e com eles foram apreendidos uma submetralhadora, uma pistola, dinheiro e drogas, segundo informações da Polícia Federal. Os dois indivíduos foram levados à Delegacia de Polícia Federal em Santos, onde foram autuados por tentativa de homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
No mesmo dia, dois homens foram mortos a tiros em supostos confrontos com policiais militares do Batalhão Especial de Ações Especiais de Polícia (Baep) em Guarujá. Com esses casos, sobe para 18 o número de mortes em ações policiais na região da Baixada Santista desde o início da Operação Escudo, no final de julho.
A Operação Escudo, considerada a mais letal da polícia paulista desde o massacre do Carandiru em 1992, foi iniciada após o assassinato do soldado da Rota Patrick Bastos Reis em Guarujá. A operação tem sido alvo de críticas devido a denúncias de abusos e mortes de pessoas não ligadas ao crime organizado. No entanto, o governador Tarcísio de Freitas e o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, rebatem essas acusações.
Com um efetivo de mais de 600 policiais, a operação já resultou na prisão de três suspeitos que se tornaram réus pelo assassinato do soldado. A situação continua sendo investigada e os casos estão sendo registrados nas delegacias da região.