
Herpes-zóster: conheça mais sobre essa doença
A herpes-zóster, também conhecida como cobreiro, é uma condição causada pela reativação do vírus da catapora no organismo humano. Normalmente, ela se manifesta na fase adulta de indivíduos que tiveram contato com o vírus na infância, permanecendo latente até o momento da reativação.
De acordo com o Dr. Renato Kfouri, infectologista pediatra e vice-presidente da SBIm, a idade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da herpes-zóster. A queda de imunidade somada ao avanço da idade aumentam as chances de manifestação da doença, sendo que acima dos 60 anos, o risco se torna significativamente maior.
Os sintomas da herpes-zóster incluem erupções avermelhadas na pele, bolhas, úlceras, mal-estar, coceira e formigamento. Além disso, um dos quadros causados pela doença é a neuralgia pós-herpética, caracterizada por dor crônica na pele que pode persistir por mais de um ano em alguns casos.
A reativação do vírus que permanece latente nos gânglios da raiz dorsal resulta no surgimento da herpes-zóster, levando a sintomas desconfortáveis e impactando a qualidade de vida dos pacientes.
Recentemente, o mundo tem registrado um aumento dos casos de herpes-zóster no pós-pandemia, gerando preocupações na área da saúde. Segundo especialistas, a melhor forma de prevenção é a vacinação, disponível para diferentes faixas etárias e grupos de risco.
Tratamento e prevenção
Para o tratamento da herpes-zóster, é recomendado o uso de analgésicos para o controle da dor e do medicamento aciclovir, específico para o vírus da herpes. A vacinação é apontada como a melhor forma de prevenção, reduzindo significativamente o risco de contágio e complicações da doença.
No entanto, a vacina contra a herpes-zóster ainda não está disponível no SUS, sendo acessível apenas na rede privada. Estudos têm mostrado a eficácia da imunização, demonstrando que o investimento na prevenção pode trazer benefícios significativos para a saúde pública.
Dados epidemiológicos
Segundo o Ministério da Saúde, o SUS disponibiliza ensaios laboratoriais para diagnosticar casos de herpes-zóster em todo o país. No ano passado, foram registrados 1.419 exames positivos para a doença, evidenciando a importância da detecção precoce e do tratamento adequado.
Em São Paulo, por exemplo, foram realizados 1.459 atendimentos ambulatoriais para a herpes-zóster até fevereiro deste ano, destacando a relevância do acompanhamento médico e da conscientização sobre a doença.