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Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) anuncia execução de 300 projetos de infraestrutura em estradas e linhas férreas.

O governo federal anunciou na última sexta-feira (11) o lançamento do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que contempla mais de 302 empreendimentos rodoviários e ferroviários, entre obras públicas e concessões à iniciativa privada. Com um total previsto de investimentos de R$ 280 bilhões, sendo R$ 79 bilhões provenientes do Orçamento Geral da União e R$ 201 bilhões provenientes de investimentos privados, o PAC tem como objetivo impulsionar o crescimento e desenvolvimento do país.

No setor de rodovias, estão previstos 267 empreendimentos, com estimativa de investimento de R$ 185,8 bilhões. Desse valor, R$ 73 bilhões serão provenientes de investimentos públicos e R$ 112,8 bilhões de investimentos privados. Além da construção de novas rodovias, os recursos contemplarão a manutenção da malha rodoviária em todos os estados brasileiros.

Quanto às ferrovias, uma das principais obras do Novo PAC é o trecho da Transnordestina em Pernambuco, que irá de Salgueiro ao Porto de Suape, na região metropolitana do Recife. Além disso, outras quatro obras públicas foram incluídas no plano do governo, como a adequação das linhas férreas de Juiz de Fora (MG) e Barra Mansa (RJ), e a construção das ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol 2) e de Integração do Centro-Oeste (Fico 1). Além desses projetos, estão previstos estudos para novas concessões, como o caso da Ferrogrão, que é um projeto de extrema relevância para o setor ferroviário.

No total, serão investidos R$ 6 bilhões em recursos públicos e R$ 88,2 bilhões em recursos privados para o setor de ferrovias.

Essas intervenções nas rodovias e ferrovias fazem parte do eixo “Transporte Eficiente e Sustentável” do PAC, que também inclui investimentos em portos, aeroportos e hidrovias. Esse eixo tem como objetivo reduzir os custos da produção nacional e aumentar a competitividade do Brasil no mercado externo. No total, serão destinados R$ 349 bilhões para esse eixo, o segundo maior montante em relação ao volume total de recursos do Novo PAC.

No setor de energia, o Ministério de Minas e Energia contemplará 165 empreendimentos no PAC, com um investimento total de R$ 592 bilhões. Além do relançamento do programa Luz para Todos, que tem como objetivo universalizar o acesso à energia elétrica em todo o país, estão previstas a construção de mais de 28 mil quilômetros de novas linhas de transmissão e projetos em usinas eólicas e fotovoltaicas. Além disso, estão em destaque os projetos de usinas termelétricas a gás natural, estudos para geração de hidrogênio verde, extensão da vida útil da Usina de Angra 1 e o estudo de viabilidade técnica, econômica e socioambiental do projeto da UTN Angra 3.

No setor de petróleo, gás e biocombustíveis, o PAC contempla obras como o Projeto Integrado Rota 3, a implantação de um biorrefino em refinaria de Mataripe, a perfuração de três poços exploratórios na campanha exploratória da Petrobras na Margem Equatorial, a construção de uma Unidade de Captura e Estocagem de Carbono em reservatório subterrâneo e a conclusão da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Além disso, estão previstos estudos para aproveitamento de minerais de transição energética como urânio, cobalto, níquel, quartzo, lítio, cério-terras raras, cobre e grafita, bem como estudos para avaliação dos depósitos minerais.

O Novo PAC contará com um montante total de recursos de R$ 1,7 trilhão, sendo R$ 371 bilhões provenientes do Orçamento Geral da União. O setor privado contribuirá com R$ 612 bilhões, enquanto as empresas estatais aportarão R$ 343 bilhões, destacando-se a participação da Petrobras. Além disso, serão destinados R$ 362 bilhões em financiamentos. Estima-se que R$ 1,4 trilhão sejam aplicados até 2026, e o restante posteriormente.

O Novo PAC abrangerá todos os estados do Brasil e terá nove eixos de investimentos, que são: Cidades Sustentáveis e Resilientes, Transição e Segurança Energética, Transporte Eficiente e Sustentável, Inclusão Digital e Conectividade, Saúde, Educação, Infraestrutura Social e Inclusiva, Água para Todos e Defesa. Essas áreas foram escolhidas estrategicamente para impulsionar o desenvolvimento do país e promover maior qualidade de vida para a população. Com investimentos robustos em diversos setores, o Novo PAC pretende alavancar o crescimento econômico e social do Brasil.

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