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Ministro Moraes vota a favor de tornar réus outros 70 envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de Janeiro.

Nesta segunda-feira (14/08), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou a favor de tornar réus mais 70 bolsonaristas denunciados por envolvimento nos atos golpistas ocorridos no dia 8 de janeiro. Dentre os acusados, encontram-se pessoas como Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como Fátima de Tubarão, José Paulo Alfonso Barros, que se pintava como indígena nos protestos, Fernando Honorato de Azevedo, policial federal aposentado, e José Acácio Serere Xavante, indígena cuja prisão levou à tentativa de invasão da sede da Polícia Federal em Brasília.

Esses réus são acusados de crimes como associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo e deterioração de patrimônio tombado.

O julgamento desses casos ocorre no plenário virtual do tribunal, ou seja, os ministros não se reúnem para debater os processos, apenas registram os votos na plataforma online. A votação estará aberta até a próxima sexta-feira.

Essas denúncias são consideradas uma das últimas levas em análise no STF. Até o momento, o tribunal aceitou 1.295 denúncias de um total de 1.390 apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A estratégia de julgar as denúncias em bloco, semanalmente, tem como objetivo oferecer uma resposta rápida aos ataques ocorridos no dia 8 de janeiro.

Os votos têm se repetido, sendo que os ministros André Mendonça e Kassio Nunes Marques têm votado contra o recebimento das acusações.

Com o recebimento das denúncias, inicia-se o processo penal, e os denunciados passam a ser réus, tendo um prazo para apresentar suas defesas e provas. Caso haja uma condenação, é possível recorrer no próprio STF.

Os primeiros réus começarão a ser julgados em setembro. O gabinete de Moraes trabalhou sem pausas durante o recesso do Judiciário para concluir a instrução dos processos e liberar os casos para julgamento. A prioridade do STF é julgar primeiro aqueles que respondem por crimes considerados mais graves.

É importante ressaltar que a fonte original deste texto não foi citada.

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