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A paralisação planejada para a próxima terça-feira (15) pelo Metrô de SP é cancelada.

Os funcionários do Metrô de São Paulo decidiram suspender a greve que estava prevista para esta terça-feira (15). A decisão foi tomada após a direção da companhia estadual adiar um edital que previa a terceirização da manutenção da linha 15-prata de monotrilho, uma das principais demandas da categoria.

A greve havia sido anunciada como uma forma de protesto contra os planos do governo de privatizar todas as linhas do metrô. O sindicato dos metroviários informou que concentrará seus esforços no próximo mês de setembro, quando está prevista uma mobilização conjunta com os funcionários da CPTM.

Outra exigência dos metroviários é a readmissão de três funcionários da linha 15. Segundo o sindicato, a empresa não cedeu nesse ponto durante as negociações.

Apesar da suspensão da greve, o sindicato prometeu uma oposição firme ao governo estadual. A presidente do sindicato, Camila Lisboa, afirmou que eles vão lutar contra a privatização do governador Tarcísio, tanto no metrô quanto na CPTM e na Sabesp.

A categoria propôs a realização de um plebiscito para que a população possa votar sobre a privatização das linhas de metrô e trens da região metropolitana de São Paulo. A consulta está agendada para o dia 5 de setembro e tem o apoio dos três sindicatos de funcionários públicos, que pedem que o governo dê suporte para a realização do plebiscito.

A presidente do sindicato ressaltou que é importante que o governador Tarcísio ouça a opinião da população, pois a avaliação das linhas 8 e 9 da CPTM, que foram privatizadas, caiu de 85% para 50%. “Escute e faça o plebiscito, você não pode decidir isso sozinho”, afirmou Camila Lisboa.

Na semana passada, a Justiça do Trabalho determinou que, em caso de greve, os funcionários deveriam garantir um mínimo de 70% dos serviços nos horários de pico e 30% nos demais horários.

Em março deste ano, durante uma greve da categoria, o sistema de transporte público de São Paulo ficou paralisado por mais de 30 horas, só retomando suas atividades quando os metroviários aceitaram a proposta do Metrô de pagamento de um abono salarial no valor de R$ 2.000 em abril, além da criação de um Programa de Participação nos Resultados para 2023, a ser pago em 2024.

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