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No aniversário de 100 anos de Millôr, descubra detalhes sobre a vida e carreira do renomado artista.

Millôr Fernandes, o renomado jornalista, humorista, desenhista, artista plástico, escritor, dramaturgo, tradutor, frasista, roteirista, compositor e autodeclarado inventor do frescobol, marcou a cultura brasileira como poucos e deixou como legado uma persona insubmissa e cética que provoca admiração e desconforto, mas a que não se fica indiferente.

Nascido em 16 de agosto de 1923 no Rio de Janeiro, Millôr Fernandes gostava de brincar com o “mistério” das datas, uma vez que só foi registrado em 27 de maio de 1924. No registro de nascimento, a caligrafia do escrivão deu a ele a aparência de Millôr, nome que ele passou a adotar.

A vida de Millôr teve momentos marcantes desde cedo. Em 1925, seu pai faleceu e, nove anos depois, em 1934, foi a vez de sua mãe. Foi nesse momento que Millôr concluiu que Deus não existia e foi tomado pela ‘paz da descrença’ que o acompanhou por toda a vida.

Aos 14 anos, em 1938, Millôr começou a trabalhar como contínuo na revista “O Cruzeiro”. Foi nesse ambiente que ele afirmou ter aprendido tudo o que sabia sobre jornalismo. Alguns anos depois, ele se tornou jornalista na própria publicação.

Foi em 1945 que Millôr lançou na revista a seção Pif-Paf, que o tornaria famoso. No ano seguinte, em 1946, ele publicou seu primeiro livro, “Eva sem Costela – Um Livro em Defesa do Homem”, com o pseudônimo de Adão Júnior.

Millôr também teve experiências internacionais, como sua viagem a Hollywood em 1948, onde atuou como correspondente de O Cruzeiro e conheceu Walt Disney. Em 1955, dividiu com o desenhista americano Saul Steinberg o primeiro lugar na Exposição Internacional do Museu da Caricatura de Buenos Aires.

Ao longo de sua carreira, Millôr escreveu peças de teatro, como “Uma Mulher em Três Atos” em 1953, e também fundou e colaborou em diversas publicações, como a revista Pif-Paf em 1964 e o jornal O Pasquim em 1969.

Millôr Fernandes faleceu no Rio de Janeiro em 27 de março de 2012, aos 88 anos. Sua morte foi uma perda para a cultura brasileira, mas seu legado continua vivo. Em homenagem aos seus cem anos, a editora L&PM está relançando várias de suas obras, e o Instituto Moreira Salles disponibilizará cerca de 4.000 desenhos originais do cartunista gratuitamente em seu site.

Millôr Fernandes deixou um grande impacto na cultura brasileira e será sempre lembrado como um dos maiores artistas e pensadores do país. Suas obras continuam a ser apreciadas e suas ideias provocativas e céticas ainda ressoam nos dias de hoje.

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