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Após morte de menores, comandante de batalhão no Rio é afastado de suas funções.



A Secretaria de Polícia Militar do Rio de Janeiro afasta comandante do batalhão da Ilha do Governador após mortes de adolescentes

Na manhã deste sábado (12), um adolescente de 17 anos e uma menina de cinco anos morreram em decorrência de disparos de armas de fogo na Ilha do Governador, Rio de Janeiro. Diante dos fatos, a Secretaria de Polícia Militar decidiu afastar o tenente-coronel Fábio Cardoso, comandante do batalhão responsável pela região, para garantir uma investigação mais transparente.

Segundo a PM, os policiais realizavam patrulhamento no bairro quando tentaram abordar dois homens em uma motocicleta. Durante a abordagem, o ocupante da garupa teria atirado contra os policiais, que revidaram e atingiram o adolescente de 17 anos. O jovem foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas chegou ao Hospital Municipal Evandro Freire já sem vida. O condutor da moto foi detido.

A morte do adolescente resultou em protestos por parte dos moradores da comunidade do Dendê, que incendiaram ao menos três ônibus. Durante os protestos, a menina Eloá Passos, de apenas cinco anos, foi atingida por um disparo enquanto brincava na cama.

De acordo com a plataforma Fogo Cruzado, esta foi a sétima criança morta por arma de fogo no estado do Rio de Janeiro em 2022. Além disso, 12 crianças menores de 14 anos foram baleadas, sendo vítimas de balas perdidas.

A Polícia Militar afirmou que não houve operação policial dentro da comunidade e que está realizando uma investigação para esclarecer as circunstâncias dos fatos. As mortes geraram grande comoção e críticas à falta de ação das autoridades para conter a violência armada que afeta as crianças.

A ONG Rio de Paz lamentou a morte de Eloá e ressaltou que a casa deveria ser o local mais seguro para as crianças. A organização também destacou a necessidade de um esforço conjunto das esferas municipal, estadual e federal para combater essa tragédia.

A reportagem entrou em contato com o governo estadual, que ainda não se pronunciou sobre o ocorrido. Em nota, a gestão afirmou estar investindo em tecnologia e treinamento para fortalecer as forças de segurança e destacou a redução histórica dos crimes contra a vida no estado.

Entretanto, a morte de Eloá e do adolescente evidenciam a urgência de medidas efetivas para combater a violência e garantir a segurança das crianças e dos cidadãos do Rio de Janeiro.


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