
A expulsão dos representantes diplomáticos fez parte dessa mesma estratégia, como faz agora essa tensão no ar de prender opositores. Ele fará isso porque não tem como dar as atas e as deixará para nunca. A posição de Brasil, México e Colômbia acompanha esse mesmo processo. Esperamos um posicionamento desses três países frente a fatos consumados na Venezuela.
Quando se trata de construir ditaduras, Maduro tem a ensinar a muita gente. Ele consegue fazer isso de forma competente. Aquilo que lhe é essencial, deixa de lado; as atas não aparecerão nunca, e ele cria fatos. Qualquer ditador tem exatamente esse procedimento. Maduro não é diferente. Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM
Trevisan ressaltou que Maduro segue à risca a cartilha dos ditadores ao se aproveitar das crises para se autopromover.
Quando expulsou os sete embaixadores, a Venezuela fez uma verdadeira salada ideológica. Ao fazer este tipo de atitude, Maduro está cumprindo um roteiro pré-determinado. Ele pega crises e as transforma em oportunidades como ninguém.
Quando Maduro percebeu a tensão no processo eleitoral americano, ele trouxe a eleição, que estava marcada para dezembro, para julho. Ele se aproveitou disso. Essa sequência de tensões que Maduro coloca é absolutamente de caso pensado. Leonardo Trevisan, professor de Relações Internacionais da ESPM
O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.