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No Equador, o prefeito de Santa Elena, José Tamaris, denunciou um atentado contra sua vida. Durante uma coletiva de imprensa, ele afirmou que os disparos foram direcionados até onde ele estava e culpou publicamente o presidente Guillermo Lasso e o ministro do Interior pelo ocorrido. Tamaris apareceu na coletiva usando um colete à prova de balas.

Essa denúncia ganha ainda mais relevância quando consideramos que a Polícia equatoriana responde diretamente ao governo central e tem sido alvo de acusações de envolvimento com o narcotráfico. Movimentos como a Revolução Cidadã, liderada pelo ex-presidente Rafael Correa, têm feito fortes denúncias contra a instituição policial.

O comandante da Subzona Policial de Santa Elena, Juan Carlos Soria Alulema, afirmou que, se membros da força pública realmente realizaram os disparos, a responsabilidade seria do prefeito, por não ter se identificado e ter furado o cerco. Segundo Alulema, os policiais se sentiram ameaçados de serem atropelados e, diante disso, tiveram que usar suas armas de fogo.

No entanto, o ocorrido levanta a suspeita de que o governo esteja utilizando a polícia para perseguir a oposição. Na última quinta-feira, o ex-vice-presidente Jorge Glas, que foi vice-presidente durante o mandato de Correa, denunciou que foi intimidado pela polícia judiciária durante uma coletiva de imprensa. Segundo Glas, os agentes afirmaram ter uma ordem de prisão contra ele, o que gerou temor pela sua vida e pela vida de seus filhos.

O movimento Revolução Cidadã divulgou uma nota oficial em solidariedade ao prefeito Tamaris e repudiando a perseguição ilegal ao ex-vice-presidente Glas. O movimento ressalta que é urgente recuperar as instituições e a segurança dos cidadãos no país.

Desde o início do processo eleitoral, várias lideranças partidárias têm sido assassinadas no Equador, como o prefeito Agustín Intriago, o candidato a presidente Fernando Villavicencio e o sindicalista Pedro Briones.

Esse atentado contra o prefeito Tamaris evidencia a necessidade de restabelecer a segurança e as instituições no país. É fundamental que os responsáveis por esses atos sejam investigados e responsabilizados perante a justiça.

É importante destacar que esse artigo foi reproduzido com o apoio de entidades e instituições que acreditam na liberdade de imprensa e na divulgação de informações relevantes para a sociedade.

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