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População argentina questiona segurança econômica e social enquanto onda de saques ameaça eleição liderada por candidato ultradireitista.

Nos últimos dias, o ministro da Segurança da Argentina, Aníbal Fernández, afirmou que tem sido observado um comportamento preocupante no país. Segundo ele, os saques que têm ocorrido estão sendo coordenados, o que indica uma intenção detrás dessas ações.

Em entrevista nesta quarta-feira, Fernández alegou que existe um objetivo claro por trás desses saques, que é gerar algum tipo de conflito. Ele ressaltou que essas ações não são espontâneas e nem uma coincidência, o que reforça a suspeita de que há uma coordenação por trás dos atos.

A Argentina, que é um importante exportador mundial de cereais, está enfrentando uma inflação anual de 113%. Esse dado tem contribuído para uma crise no custo de vida no país. Além disso, a recente desvalorização do peso agravou ainda mais os preços ao consumidor neste mês. De acordo com previsões do JP Morgan, a inflação pode chegar a 190% ao final do ano.

Essa situação de instabilidade econômica tem gerado tensão também no cenário eleitoral. O país está em meio a uma disputa presidencial de três vias, sendo liderada atualmente pelo candidato libertário radical Javier Milei. Nas primárias de agosto, Milei conseguiu derrotar a conservadora Patricia Bullrich e o ministro da Economia, Sergio Massa.

Milei tem se aproveitado da revolta dos eleitores argentinos devido à inflação e às dificuldades enfrentadas pela população. Em sua plataforma, ele promete dolarizar a economia e até mesmo desmantelar o Banco Central. Essas propostas têm conquistado apoio, principalmente entre os cerca de quarenta por cento da população que vive na pobreza.

Diante desse contexto, a situação na Argentina é de grande preocupação. Os saques coordenados, a alta inflação e a tensão eleitoral só aumentam a instabilidade no país. Resta acompanhar os desdobramentos dessa crise e esperar por medidas efetivas para reverter esse quadro preocupante.

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