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O número de vítimas fatais nos incêndios no Havaí chega a 111, gerando preocupação e tristeza.

No último sábado, manifestantes antiguerra saíram às ruas do estado de Kano, na Nigéria, em protesto contra a ameaça de intervenção militar da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) no Níger. Agitando bandeiras da Nigéria e do Níger juntos, eles declararam que os nigerianos são seus irmãos e sua família e denunciaram os planos de agressão como um complô das forças ocidentais.

A Cedeao vinha persistindo com as ameaças de intervenção militar no Níger, apesar da falta de apoio do próprio Senado do país. Senegal e Benin já haviam comprometido um número indeterminado de tropas. E agora, a Serra Leoa, a Costa do Marfim e a Gâmbia estão se juntando à briga.

No entanto, a situação não é tranquila nem mesmo entre os apoiadores da Cedeao. A França, ex-colonizadora do Níger, que possui 1500 soldados no país, discorda da posição dos Estados Unidos, que defendem novas negociações. A França se opõe à linha dos EUA e exige a reintegração de seu aliado Bazoum.

Jean-Luc Mélenchon, ex-membro da Assembleia Nacional da França e líder do France Unbowed, criticou o apoio francês à ação militar da Cedeao, chamando-o de “amadorismo irresponsável”. Ele defende que a França não deve se envolver em uma expedição militar contra a decisão da União Africana de se opor à Cedeao.

Por outro lado, o Níger está recebendo apoio de países como Mali, Burkina Faso e Guiné, que foram suspensos e sancionados pela Cedeao após golpes semelhantes com apoio popular. Esses países afirmam que suas forças militares virão em defesa do Níger, tratando qualquer ataque contra o país como um ataque a si próprios.

Enquanto isso, o governo militar do Níger, o Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP), que ordenou a saída das tropas francesas, está consolidando seu apoio interno. Milhares de nigerianos protestaram na capital Niamey contra a presença das tropas francesas. O CNSP anunciou que o presidente Bazoum será julgado por “alta traição” por convidar potências estrangeiras a invadirem o país. Além disso, Abdoulaye Seydou, líder do Movimento M62, que organizou os protestos contra as tropas estrangeiras, foi liberado da prisão.

A situação no Níger continua tensa, com manifestações e protestos pró-CNSP e contra a França e o presidente Bazoum. Ações internacionais também estão sendo tomadas, como a declaração da Assembleia Internacional dos Povos pedindo a remoção das bases militares estrangeiras não apenas do Níger, mas também de outros países africanos.

É importante acompanhar de perto os desdobramentos dessa crise no Níger e analisar os possíveis impactos regionais e internacionais que ela pode causar.

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