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O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o ex-presidente do Ibama são réus em ação que analisa exportação ilegal de madeira.

O deputado federal Ricardo Salles (PL/SP) está enfrentando um novo desafio legal depois de se tornar réu em uma ação da Justiça Federal. A investigação em questão se concentra em um esquema ilegal de exportação de madeira que ocorreu durante o período em que Salles atuava como ministro do Meio Ambiente. Além do ex-presidente do Ibama, Eduardo Bim, outras 20 autoridades do órgão também foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF).

De acordo com a denúncia, foram encontradas evidências de um “grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais”, e Salles teria tido envolvimento direto nesses atos ilícitos. Durante a investigação, foram analisadas diversas evidências e o MPF apresentou uma série de apreensões de madeira brasileira nos Estados Unidos, todas sem a documentação necessária para a exportação.

As investigações revelaram que várias empresas do setor madeireiro buscaram apoio de dois servidores do Ibama, incluindo o superintendente do órgão no Pará. O Ministério Público encontrou provas de que esses servidores emitiram certidões e um ofício sem valor jurídico, com o intuito de liberar a madeira apreendida. No entanto, essa documentação não foi aceita nos Estados Unidos devido à sua “evidente ilegalidade”.

A denúncia também menciona um encontro ocorrido em fevereiro de 2020 entre Salles, representantes das empresas envolvidas e alguns parlamentares, realizado no Pará. Segundo o Ministério Público, nessa reunião, “a mais alta cúpula do Ministério do Meio Ambiente e a alta direção do Ibama manipularam pareceres normativos e editaram documentos para, em prejuízo do interesse público primário, beneficiar um conjunto de empresas madeireiras e empresas de exportação que tiveram cargas de madeira apreendidas nos Estados Unidos”.

Salles foi denunciado por facilitar a prática de contrabando ou descaminho, dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público em questões ambientais e por promover, constituir, financiar ou integrar organização criminosa. Já Eduardo Bim terá que responder por corrupção passiva, dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público em questões ambientais e por promover, constituir, financiar ou integrar organização criminosa.

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