
Essa mudança abrupta no comando do país mais populoso do mundo gerou especulações e colocou em evidência a deterioração das relações sino-indianas. A ausência de Jinping na cúpula enfraquece o papel da China no encontro e gera incertezas sobre o futuro das relações diplomáticas entre os dois países.
Como resultado dessa crise diplomática, o ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, foi escalado para representar o país no G20. Lula embarcou para a Índia com o objetivo de buscar soluções e dialogar com os líderes presentes, no intuito de fortalecer as relações bilaterais entre Brasil e China, bem como buscar uma aproximação com a Índia.
A ausência de Jinping na cúpula do G20 também tem sido vista como um reflexo do recente conflito fronteiriço entre China e Índia, ocorrido na região de Ladakh. Esse confronto, que resultou na morte de vários soldados indianos e chineses, criou um clima de desconfiança e tensão entre os dois países, que têm disputas territoriais antigas.
Além disso, a China tem sido alvo de críticas devido às suas políticas comerciais agressivas e à falta de transparência em relação à pandemia da Covid-19. Essas questões também contribuíram para a deterioração das relações sino-indianas e podem ter influenciado na decisão de Jinping de não participar da cúpula do G20 na Índia.
No entanto, a presença de Lula no encontro é uma oportunidade para o Brasil desempenhar um papel importante na mediação desses conflitos e na busca por soluções diplomáticas. O ex-presidente brasileiro é conhecido por sua habilidade diplomática e por ter estabelecido uma relação próxima com a China durante seu mandato.
Assim, Lula terá a difícil tarefa de buscar formas de restabelecer a confiança e a cooperação entre Índia e China, além de promover os interesses brasileiros no âmbito do G20. Essa cúpula será um verdadeiro teste para a diplomacia brasileira, que terá que lidar com as tensões enfrentadas por esses dois gigantes asiáticos.
Em meio a toda essa turbulência e incertezas, o G20 espera promover discussões e acordos que possam contribuir para a recuperação econômica global, bem como para o enfrentamento dos principais desafios globais, como a pandemia da Covid-19 e a crise climática. Resta aguardar os desdobramentos desse encontro e torcer para que as tensões entre Índia e China possam ser amenizadas e superadas.
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