O candidato do PSOL, Guilherme Boulos, durante entrevista, declarou que terá “orgulho” de realizar o “despejo” do atual prefeito Ricardo Nunes da prefeitura de São Paulo. Boulos fez referência ao seu passado como líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto) ao dizer: “Tem um despejo que eu vou ter orgulho de fazer, vai ser do quinto andar daquele prédio”. Essa afirmação de Boulos vem sendo utilizada por Nunes para rotulá-lo como radical.
As declarações de Boulos surgem após uma pesquisa do Datafolha mostrar Nunes com uma vantagem de 18 pontos percentuais sobre Boulos. Segundo a pesquisa divulgada, o atual prefeito lidera com 51% das intenções de voto, enquanto o candidato do PSOL tem 33%, faltando apenas dez dias para o segundo turno.
Boulos abandonou a postura “paz e amor” do primeiro turno e passou a adotar uma abordagem mais agressiva contra Nunes na reta final da disputa. O candidato tem associado o prefeito a denúncias de corrupção, supostas ligações com o crime organizado e relembrado acusações de violência doméstica. Essa mudança de estratégia de Boulos tem como objetivo reverter a desvantagem nas pesquisas.
Em resposta às acusações de Boulos, a campanha de Ricardo Nunes afirmou que irá processar o candidato do PSOL, e que ele sairá da disputa com uma “vitória de rejeição e de condenações judiciais”. Em nota, a campanha atribui as acusações ao “extremismo” do adversário.
“Boulos não consegue mais esconder o seu extremismo, que é amplamente rejeitado pela população de São Paulo. Por mentiras e agressividade desse tipo, ele já foi condenado 17 vezes pela Justiça, somente no segundo turno. Será processado mais uma vez. O candidato de extrema esquerda sairá dessa eleição com somente duas vitórias: de rejeição e de condenações judiciais.” – Nota da campanha de Ricardo Nunes sobre acusações de Boulos
