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A Amazônia equatoriana será alvo de um referendo crucial para determinar seu futuro, entre preservação ou exploração de petróleo.




Reserva Nacional Yasuni é salva por votação popular

A reserva nacional abriga as tribos Waorani e Kichwa, assim como os Tagaeri, Taromenane e Dugakaeri, que optam por viver isolados do mundo moderno.

Cahuiya disse que a reserva era “um pulmão para o mundo”, capturando dióxido de carbono e bombeando oxigênio e vapor d’água. “O vapor d’água ajuda a manter a temperatura baixa no planeta, é como um ar condicionado” para a atmosfera, disse Gonzalo Rivas, diretor da estação científica Tiputini da Universidade privada de São Francisco, em Quito.

“Democracia climática”

A bacia amazônica – que se estende por oito nações – é um sumidouro de carbono vital. Mas os cientistas alertam que sua destruição está levando a maior floresta tropical do mundo a um ponto crítico, além do qual as árvores morreriam e liberariam carbono em vez de absorvê-lo, com consequências catastróficas para o clima. “Esta floresta nos permitiu sobreviver até hoje”, disse Rivas.

O Parque Nacional Yasuni abriga cerca de 2 mil espécies de árvores, 610 aves, 204 mamíferos, 150 anfíbios e mais de 120 espécies de répteis, de acordo com a universidade.

O destino da reserva tem chamado a atenção de celebridades internacionais, como o astro de Hollywood e ativista ambiental Leonardo DiCaprio e a ativista climática sueca Greta Thunberg que comemoraram o “referendo histórico”.

A ONG Amazon Frontlines disse que a decisão pela votação foi “uma demonstração inédita de democracia climática, onde as pessoas, não as corporações, decidem sobre a extração de recursos e seus limites.”

Pesquisas de opinião publicadas no início deste mês mostraram uma leve inclinação para um voto “Sim” para interromper a extração de petróleo.

A petrolífera nacional Petroecuador argumenta que o bloco ocupa apenas 80 hectares dos mais de um milhão de hectares que compõem a reserva.

Os moradores de Yasuni estão divididos, com alguns apoiando as companhias de petróleo e os benefícios que o crescimento econômico trouxe para suas aldeias.



A Reserva Nacional Yasuni, no Equador, foi salva por meio de uma votação popular histórica realizada recentemente. A reserva é habitada por diversas tribos indígenas, como os Waorani, Kichwa, Tagaeri, Taromenane e Dugakaeri, que optaram por viver isolados do mundo moderno. Considerado um “pulmão para o mundo”, a reserva captura dióxido de carbono e bombeia oxigênio e vapor d’água, ajudando a manter a temperatura baixa no planeta.

A bacia amazônica, onde se encontra a reserva, é um sumidouro de carbono vital para a manutenção do clima global. No entanto, cientistas alertam que a destruição progressiva da maior floresta tropical do mundo está levando-a a um ponto crítico, no qual as árvores morreriam e liberariam carbono em vez de absorvê-lo, o que teria consequências catastróficas para o clima. A floresta de Yasuni abriga uma imensa diversidade de espécies, incluindo cerca de 2 mil espécies de árvores, 610 espécies de aves, 204 espécies de mamíferos, 150 espécies de anfíbios e mais de 120 espécies de répteis.

A importância da reserva tem chamado a atenção de ativistas ambientais e personalidades internacionais, como o astro de Hollywood e ativista Leonardo DiCaprio e a ativista climática sueca Greta Thunberg, que celebraram o resultado do “referendo histórico”. A ONG Amazon Frontlines ressaltou a importância da decisão pela votação como uma demonstração inédita de “democracia climática”, na qual as pessoas têm o poder de decidir sobre a extração de recursos e seus limites, em contraponto ao poder das corporações.

Embora pesquisas de opinião publicadas anteriormente mostrassem uma ligeira inclinação para um voto favorável à interrupção da extração de petróleo, a estatal Petroecuador argumentou que o bloco ocupado pela indústria petroleira representa apenas 80 hectares dos mais de um milhão de hectares que compõem a reserva. A população local da região de Yasuni está dividida, com alguns apoiando as empresas petrolíferas e os benefícios econômicos trazidos pelo crescimento da indústria.

No entanto, a decisão da votação popular marca mais um passo importante na luta pela proteção do meio ambiente e pelo reconhecimento dos direitos dos povos indígenas. A Reserva Nacional Yasuni se mantém como um exemplo de preservação da biodiversidade e da importância da conscientização sobre as consequências do desmatamento e da exploração desenfreada dos recursos naturais.

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