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Ministro da Justiça afirma que investigações sobre assassinato de médicos no Rio de Janeiro avançam com indícios de autoria

O ministro da Justiça, Flávio Dino, deu uma coletiva de imprensa em Salvador, onde falou sobre as investigações do assassinato de três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Segundo Dino, existem “duas ou três” linhas de investigação policial em andamento e os investigadores já possuem indícios que podem levar à autoria do crime.

Dino afirmou que a polícia civil do Rio de Janeiro e São Paulo, juntamente com a Polícia Federal, estão firmes na convicção de que vão elucidar o caso. Ele também destacou a presença da Polícia Federal devido à proximidade dos médicos assassinados com dois deputados federais.

De acordo com o ministro, há indicações claras de que se trata de uma execução e não um crime patrimonial. “Estamos com muita seriedade investigando, desde o caso da vereadora Marielle [Franco] até esses casos diários em parceria com o governo do estado do Rio”, afirmou Dino.

Dino ressaltou ainda que o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, solicitou a parceria entre a polícia legislativa e a PF. Ele enfatizou o trabalho conjunto das três esferas federativas para combater a violência no Rio de Janeiro.

Os investigadores da Polícia Civil não descartam a possibilidade de que a vítima tenha sido confundida com um miliciano. Segundo uma das linhas de investigação, um dos médicos mortos poderia ter uma semelhança física com o filho de um miliciano, o que pode explicar a execução.

No entanto, os policiais destacam que as informações ainda são preliminares e não descartam a motivação política. Também não descartam a possibilidade de envolvimento da milícia e de que os assassinos sejam de outros estados.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, segue outra linha de investigação, sugerindo uma possível relação com a atividade parlamentar da deputada Sâmia Bomfim. A deputada já registrou um boletim de ocorrência por ameaças de morte no ano passado.

O crime ocorreu durante a madrugada, na praia da Barra da Tijuca, e três médicos ortopedistas morreram no local. Um quarto médico foi ferido e está internado. Eles estavam no Rio de Janeiro para participar de um congresso internacional.

As autoridades estão investigando o percurso do carro dos criminosos e avaliando se houve algum incidente durante o deslocamento do grupo de São Paulo para o Rio. Os primeiros indícios apontam para uma execução.

O ministro da Justiça pediu que a Polícia Federal acompanhe as investigações e atribuiu a entrada da PF no caso à “hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais”. A deputada Sâmia Bomfim é irmã de uma das vítimas e é casada com o deputado Glauber Braga.

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