Gastos com armas nucleares atingem níveis alarmantes
Recentes dados divulgados apontam que os gastos com armas nucleares têm alcançado números surpreendentes ao redor do mundo. De acordo com o levantamento, os Estados Unidos lideram o ranking como o maior gastador, com um impressionante montante de US$ 22,2 bilhões investidos nessa área. Em segundo lugar, figura a China, que desembolsou US$ 11,8 bilhões, seguida pela Rússia, com um total de US$ 8,3 bilhões.
Destaca-se ainda o aumento significativo dos gastos do Reino Unido, que pelo segundo ano consecutivo registrou uma alta de 17%, chegando a um valor de US$ 8,1 bilhões destinados a armas nucleares. Esses números demonstram um cenário preocupante de investimentos cada vez maiores nesse setor.
O levantamento revela também que os fabricantes de armas nucleares investiram pelo menos US$ 6,3 milhões em 2023 para influenciar políticas governamentais e a opinião pública em relação a essas armas. Além disso, as empresas envolvidas na produção receberam contratos no valor de quase US$ 7,9 bilhões no mesmo ano, com gastos com lobby superiores a US$ 118 milhões apenas nos EUA e na França.
Segundo a entidade responsável pelo estudo, mais de US$ 123 milhões foram desembolsados no último ano para contratar lobistas e financiar grupos de reflexão que influenciam o debate nuclear. Nos últimos cinco anos, os gastos totais com armas nucleares somaram US$ 387 bilhões, representando um aumento de 34% nos gastos anuais.
Esses investimentos têm sido utilizados para modernizar e até expandir os arsenais nucleares, com contratos de fabricação previstos para perdurar até 2040, o que levanta preocupações sobre a falta de desarmamento nesse cenário.