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O ex-policial militar Ronnie Lessa, em delação à Polícia Federal, revelou detalhes surpreendentes sobre a arma utilizada no assassinato da vereadora Marielle Franco em 2018.
Segundo Lessa, ele recebeu a arma seis meses antes do crime, em setembro de 2017, mas enfrentou dificuldades para executar o plano de atentado devido a uma suposta exigência feita pelo delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, em relação à rota do crime. O ex-policial alega que Barbosa teria proibido a execução do crime durante o trajeto da Câmara Municipal do Rio, o que impossibilitou a localização e o ataque à Marielle.
Rivaldo Barbosa negou qualquer envolvimento no atentado e refutou as acusações feitas por Lessa. A revelação veio à tona após o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, levantar parte do sigilo da colaboração premiada do ex-PM, no último dia 7, conforme informações obtidas pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Essa nova informação traz um novo capítulo à investigação do brutal assassinato de Marielle Franco, que chocou o país e gerou comoção internacional. A divulgação da delação de Ronnie Lessa promete trazer mais detalhes e esclarecimentos sobre os bastidores desse terrível crime político.