DestaqueUOL

Ministra Cármen Lúcia relança livro poético sobre direitos humanos: “Direitos de/para Todos” ganha nova edição ilustrada com obras de Portinari.




Ministra Cármen Lúcia relança livro sobre direitos humanos

Ministra Cármen Lúcia traz olhar poético sobre os direitos humanos em relançamento de livro

A renomada ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), surpreende mais uma vez ao relançar o livro “Direitos de/para Todos”, no qual apresenta seu olhar poético e esperançoso sobre os direitos humanos. Publicado originalmente em 2004, a obra ganha agora uma nova edição pela Bazar do Tempo, enriquecida com ilustrações de obras de Candido Portinari.

Neste livro, a ministra aborda e comenta cada um dos 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1948. No entanto, o diferencial está na abordagem, que foge do campo jurídico e se aprofunda em interpretações muitas vezes ficcionais, proporcionando uma nova luz sobre o significado da declaração.

Em seus comentários, Cármen Lúcia utiliza tanto contos imaginativos quanto reflexões mais normativas. Em um dos exemplos apresentados, ao explorar o artigo 3º da Declaração, que fala sobre o direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal, a ministra narra a emocionante história de um homem aguardando o nascimento de seu filho, transmitindo sentimentos de ansiedade, angústia e finalmente alegria diante da vida que se fragmenta em sua frente.

Mas nem sempre a ministra recorre à ficção. Em algumas passagens, seu tom torna-se mais normativo, como ao discutir o artigo 16, sobre o matrimônio e a formação de uma família, enfatizando que a submissão não deve existir nas relações conjugais e que o respeito aos direitos fundamentais de todos os membros familiares é essencial.

Em outros trechos, Cármen Lúcia expressa sua preocupação com questões sociais e econômicas, como o desemprego gerado pela substituição de seres humanos por máquinas. Ela também destaca a distância que ainda persiste para que certos direitos sejam plenamente respeitados, mencionando a fome, as condições de trabalho precárias e a violência de gênero.

Apesar dos desafios, a ministra reforça a importância da esperança nos direitos humanos, ressaltando que o amor ao ser humano e à humanidade são a base essencial para a garantia desses direitos. Ela acredita que, embora demandem cuidado e atenção, os direitos humanos são indispensáveis para reparar as injustiças e que a luta pela sua expansão é uma tarefa contínua.

Em um trecho marcante do livro, Cármen Lúcia escreve: “Declarações de direitos são candeias a iluminar a rota. O rumo é refeito a cada etapa. Mas sempre é tempo de humanidade”. Com suas palavras inspiradoras e visão singular, a ministra Cármen Lúcia convida o leitor a refletir sobre a importância e a relevância dos direitos humanos em nossa sociedade atual.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo