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Noite conturbada entre economias emergentes e ricas
Na noite da sexta-feira, economias emergentes e ricas não conseguiram chegar a um consenso sobre a questão do acesso às vacinas e tecnologias, resultando na falta de um acordo.
Durante as negociações, europeus e americanos propuseram exigências para que países emergentes fornecessem amostras de vírus no caso de um surto. No entanto, para as economias mais pobres, isso só seria aceitável se houvesse a garantia de acesso às vacinas produzidas a partir dessas amostras.
Os países desenvolvidos se mantiveram firmes em sua posição de não comprometer nenhum tipo de acesso às vacinas, diagnósticos ou tratamentos, defendendo a ideia central das patentes e da inovação.
Especialistas e a Organização Mundial da Saúde (OMS) concordam que outra pandemia pode surgir no futuro, evidenciando a necessidade de preparação da comunidade internacional.
A expectativa era que um tratado fosse aprovado durante a próxima Assembleia Mundial da Saúde, que se inicia na semana que vem. No entanto, a proposta agora é estender o período de negociações por mais um ano.
Alguns céticos alertam que, quanto mais distante estivermos da pandemia, menor será o senso de urgência para se chegar a um acordo. Além disso, há quem destaque que, em doze meses, pouco mudará no cenário mundial para convencer os países ricos a compartilharem tecnologia e acesso às vacinas.