Rogério de Andrade preso por suposto envolvimento em assassinato de Fernando Iggnácio: detalhes da operação no Rio de Janeiro.

O que aconteceu


Rogério de Andrade foi preso na manhã desta terça-feira (29), no Rio de Janeiro. A prisão aconteceu após nova denúncia do Ministério Público, que afirma que Andrade é mandante do assassinato de Fernando de Miranda Iggnácio, morto em 2020 em um heliponto no bairro Recreio dos Bandeirantes. O bicheiro foi preso em casa, em um condomínio na Barra da Tijuca, e encaminhado à Cidade da Polícia, no bairro do Jacarezinho.


Iggnácio era casado com Carmem Lúcia, filha de Castor de Andrade. Iggnácio foi atingido na cabeça por tiros de fuzil HK-47 enquanto caminhava até seu carro depois de desembarcar do helicóptero que o trazia de viagem a Angra dos Reis (RJ). Na ocasião, Carmem Lúcia deixou o local após os tiros e não ficou ferida.

Marcas de tiros no carro do contraventor Fernando Iggnácio Miranda, morto em 2020 em heliponto no Rio de Janeiro Imagem: Herculano Barreto Filho/UOL


Gilmar Eneas Lisboa também foi preso na operação. Segundo o MP, Lisboa foi o responsável pelo monitoramento de Iggnácio, auxiliando Andrade no crime. Tanto Andrade quanto Lisboa foram denunciados por homicídio qualificado. O UOL não encontrou a defesa dos presos até o momento. Em abril, o advogado de Andrade, André Callegari, formalizou o abandono do caso.

Disputa na família Andrade tem violência e mortes


Andrade e Iggnácio mantinham uma disputa violenta pelo controle do jogo do bicho e de máquinas de caça-níqueis na zona oeste do Rio de Janeiro. Em 1998, o assassinato de Paulo de Andrade, o Paulinho, filho de Castor de Andrade e herdeiro do jogo do bicho, fez com que Fernando Iggnácio assumisse o lugar dele na disputa pelo controle dos negócios. Meses depois, a polícia identificou como autor dos disparos contra Paulinho o ex-PM Jadir Simeone Duarte. Em depoimento, Duarte acusou Rogério de ser o mandante do crime.

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