Deputado Elmar Nascimento critica presidente da Câmara e denuncia rebaixamento da posição institucional no cargo

Elmar Nascimento critica postura de Arthur Lira na disputa pela presidência da Câmara

O deputado Elmar Nascimento, candidato à presidência da Câmara pelo partido União, fez duras críticas nesta terça-feira, 25, ao atual presidente da Casa, Arthur Lira. Nascimento afirmou que Lira está rebaixando a posição institucional do cargo ao apoiar a candidatura de Hugo Motta, seu adversário na disputa.

Anteriormente, Elmar Nascimento era considerado o favorito de Lira para sucedê-lo, porém, foi preterido em favor de Motta. Em declarações após uma reunião com a bancada do PT, Nascimento afirmou que a postura mais correta de Lira seria se manter equidistante do processo e agir como um magistrado, sem se envolver diretamente em apoios a candidaturas.

Arthur Lira formalizou seu apoio a Hugo Motta nesta terça-feira, levando Elmar Nascimento a romper relações com o atual presidente da Câmara. Nascimento também criticou a forma como Lira tem conduzido a Casa, mencionando o esvaziamento das comissões e a profusão de requerimentos de urgência para votações no plenário.

Elmar Nascimento também fez referência à atuação de Lira como líder do governo Bolsonaro durante seu mandato como presidente da Câmara, acusando-o de alterar o regimento da Casa para beneficiar o governo. Ele destacou que as comissões da Câmara tornaram-se “campo de batalha” e criticou a falta de diálogo e participação dos líderes partidários nas decisões do plenário.

Embora tenha negado ter chamado Lira de “traidor” ou “desleal”, Elmar Nascimento admitiu estar decepcionado com o antigo amigo. Ele ressaltou que a candidatura de Hugo Motta representa um consenso artificial, especialmente após o apoio formal do partido de Lira, o PP, a Motta.

Diante desse cenário, Elmar Nascimento questionou a legitimidade do apoio a Motta e destacou sua aliança com o deputado Antonio Brito na disputa pela presidência da Câmara. Para Nascimento, a falta de transparência nas decisões e a falta de consenso genuíno colocam em xeque a legitimidade da escolha de Arthur Lira.

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