Comissão especial criada por Arthur Lira adia discussão da PEC da Anistia para o próximo ano, influenciando eleição na Câmara dos Deputados.

Temer evita comentar sobre anistia que inclua Bolsonaro

Na última terça-feira (27), durante sua participação no Lide Brazil Conference, em Londres, o ex-presidente Michel Temer foi questionado se defende que a anistia inclua o ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, Temer preferiu não comentar sobre o assunto.

Temer tem sido frequentemente acionado como mediador nas relações entre Bolsonaro e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Recentemente, ele transmitiu um pedido para a liberação do passaporte de Bolsonaro, a fim de que este possa participar de uma eventual posse de Donald Trump, caso seja eleito presidente dos Estados Unidos. No entanto, Moraes não concordou com a solicitação.

Além disso, no mesmo dia, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, criou uma comissão especial para tratar da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Anistia. Essa medida acaba adiando a discussão do assunto para o ano seguinte.

A decisão de Lira foi tomada após pressões de diversos setores políticos. O Partido Liberal (PL) vinha pressionando para que o tema fosse colocado em votação, enquanto o Partido dos Trabalhadores (PT) pediu para que a PEC não fosse pautada. Essa questão está influenciando na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, que está marcada para fevereiro de 2025.

Arthur Lira também indicou o deputado Hugo Motta (Republicano) como seu candidato para sucedê-lo no cargo de presidente da Câmara dos Deputados.

Sair da versão mobile