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China planeja aprovar mais de 10 trilhões de iuanes em dívida para impulsionar economia frágil após eleições nos EUA.

China avalia aprovar pacote fiscal de 10 trilhões de iuanes para reanimar economia

A China está avaliando a possibilidade de aprovar na próxima semana a emissão de mais de 10 trilhões de iuanes (equivalente a US$ 1,4 trilhão ou R$ 8,04 trilhões) em dívida extra nos próximos anos com o intuito de reanimar sua economia frágil. Segundo fontes com conhecimento do assunto que falaram à Reuters, o Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, órgão legislativo chinês, deseja aprovar o novo pacote fiscal que inclui 6 trilhões de iuanes a serem parcialmente levantados por meio de títulos soberanos especiais.

Esse montante de 6 trilhões de iuanes seria arrecadado ao longo de três anos, incluindo 2024, e teria como principal objetivo ajudar os governos locais a lidar com os riscos de dívidas não contabilizadas. O total planejado para ser arrecadado por meio da emissão de títulos especiais do Tesouro e dos governos locais representa mais de 8% do Produto Interno Bruto da China, país que foi duramente impactado por uma prolongada crise no setor imobiliário e pelo aumento da dívida dos governos locais.

As autoridades chinesas estão considerando aprovar esse pacote de estímulo de 10 trilhões de iuanes, o que sinaliza um movimento para sustentar a economia do país. Embora os planos de gastos ainda não tenham sido finalizados e possam sofrer mudanças, analistas financeiros já esperavam que Pequim adotasse medidas nesse sentido nas últimas semanas. O governo chinês parece estar acelerando os estímulos econômicos, ainda que não no mesmo ritmo de 2008, como alguns investidores têm sugerido.

No final de setembro, o banco central chinês anunciou medidas de apoio monetário agressivas desde o início da pandemia da Covid-19. Posteriormente, o governo indicou a possibilidade de mais estímulos fiscais sem detalhar as finanças do pacote, o que gerou especulações nos mercados globais sobre o tamanho dos novos gastos.

É importante ressaltar que os planos ainda estão sujeitos a alterações e as fontes consultadas preferiram manter o anonimato devido a restrições de confidencialidade. Até o momento, o Escritório de Informações do Conselho de Estado e o departamento de notícias do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo não se pronunciaram sobre o assunto.

Folha Mercado

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