Volkswagen AG planeja fechar fábricas na Alemanha e dispensar milhares de trabalhadores, revelam representantes dos funcionários.

Volkswagen AG anuncia fechamento de fábricas na Alemanha

A maior fabricante de automóveis da Alemanha, a Volkswagen AG, está prestes a fechar ao menos 3 de suas 10 fábricas no país e demitir milhares de trabalhadores, revelou nesta segunda-feira (28) Daniela Cavallo, presidente do conselho de empregados da empresa. A decisão, que pegou muitos funcionários de surpresa, é parte de um plano mais amplo de reestruturação da companhia.

Segundo Cavallo, a direção da VW está determinada a seguir adiante com os fechamentos e demissões, e não se trata apenas de uma estratégia de negociação. A notícia gerou bastante preocupação entre os empregados e causou impacto também na opinião pública alemã.

Além do fechamento das fábricas, a Volkswagen planeja implementar cortes salariais, suspensão de benefícios e bônus, além do congelamento dos salários. O sindicato IG Metall, por sua vez, busca um reajuste anual de 7%, enquanto a empresa propõe um corte horizontal de 10% em todos os salários. A negociação entre as partes tem início marcado para quarta-feira (30), data em que a Volkswagen divulgará seu balanço financeiro.

A Volkswagen, que emprega atualmente 120 mil pessoas na Alemanha, recentemente rompeu um acordo de três décadas de estabilidade no emprego, o que permitirá demissões a partir de 2025. A empresa enfrenta dificuldades na transição para os veículos elétricos e na concorrência com montadoras chinesas, o que tem impactado suas operações em todo o continente europeu.

Cavallo também mencionou que a empresa tem planos de reduzir operações em toda a Europa e transferir parte delas para o exterior, sem especificar para qual região. A representante dos funcionários ressaltou que nenhum dos complexos industriais da VW na Alemanha está imune aos cortes e que a incerteza paira sobre todos os trabalhadores.

Essa notícia representa um duro golpe para Wolfsburg, cidade que abriga a sede da Volkswagen e onde a empresa emprega cerca de 60 mil pessoas. A decisão de fechar fábricas e cortar postos de trabalho gera apreensão e insegurança entre os empregados, que agora se veem diante de um futuro incerto.

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