Trabalho Remoto: A Controvérsia entre Empresas e Funcionários

Recentemente, um funcionário da Amazon expressou sua insatisfação com a decisão da empresa de ordenar que a equipe voltasse ao escritório cinco dias por semana. Em um fórum online, o funcionário declarou: “Minha moral para este trabalho se foi, vou me desligar totalmente”. A carta enviada por Andy Jassy, chefe da Amazon, desencadeou reclamações entre os funcionários, que anteriormente compareciam pessoalmente ao escritório apenas três dias por semana.

Essa mudança não é exclusiva da Amazon. Grandes empresas como Goldman Sachs, PwC e Stellantis também estão aumentando a presença no escritório. Segundo uma pesquisa da KPMG, a maioria dos chefes espera o retorno ao escritório cinco dias por semana nos próximos três anos.

Os impactos das ordens de retorno ao escritório já estão sendo percebidos. Um estudo do grupo WFH Research mostrou que, em setembro, houve uma queda de cerca de dois pontos percentuais no número de dias trabalhados em casa em comparação ao ano anterior. Setores como tecnologia, finanças e serviços profissionais registraram uma queda média de dez pontos percentuais na quantidade de funcionários que trabalham em casa pelo menos parte do tempo.

Embora alguns chefes acreditem que ter funcionários no escritório leve a um melhor desempenho, a resistência dos funcionários é evidente. Uma pesquisa da Gartner revelou que um terço dos executivos e um quinto dos outros funcionários considerariam deixar seus empregos se fossem obrigados a voltar ao escritório.

Por enquanto, os investidores parecem observar de perto a situação. Um estudo da Universidade Cornell não encontrou impacto significativo na performance das empresas relacionado à rigidez das políticas de trabalho remoto. No entanto, o debate sobre trabalho remoto e retorno ao escritório continua, e as empresas enfrentam o desafio de equilibrar as necessidades dos funcionários com as demandas do negócio.