Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, não ficou calada diante das declarações de Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil. Em uma entrevista, Padilha comparou o desempenho do Partido dos Trabalhadores este ano ao de times na zona de rebaixamento, apontando que desde 2016 o partido não tem conseguido resultados satisfatórios. Para Gleisi, no entanto, é importante relembrar o ministro do que vem acontecendo desde aquela época, especialmente considerando a base política de centro e direita que se fortaleceu nas eleições municipais.
“Temos de refrescar a memória do ministro Padilha, o que aconteceu conosco desde 2016 e a base de centro e direita do Congresso que se reproduz nas eleições municipais, que ele bem conhece. Pagamos o preço, como partido, de estar num governo de ampla coalizão. E estamos numa?” – publicou Gleisi Hoffmann em seu Twitter.
Além disso, Gleisi provocou Padilha ao insinuar que o ministro, responsável pela articulação política do governo, também tem sua parcela de responsabilidade nos resultados eleitorais. Ela sugeriu que Padilha deveria focar nas articulações políticas do governo, as quais contribuíram para os resultados obtidos.
A líder petista admitiu que o partido esperava resultados mais expressivos nas eleições municipais, dado o fato de ocuparem a Presidência da República. No entanto, ela destacou que a correlação entre os resultados das eleições municipais e nacionais não é direta, enfatizando que ter o governo federal não garante vitórias locais, e vice-versa.
No pleito deste ano, o PT conquistou 252 prefeituras, um aumento de 69 em relação a 2020, e voltará a governar uma capital. No segundo turno, o partido disputou em 13 municípios e saiu vitorioso em quatro, incluindo Fortaleza, Camaçari, Pelotas e Mauá. Apesar do crescimento em relação ao último pleito, o número atual de prefeitos do partido ainda representa uma queda.