Ricardo Nunes e Guilherme Boulos representados em cacos de vidro pelo artista Flavio Rossi: uma reflexão sobre fragmentação na política

Artista visual retrata candidatos à Prefeitura de São Paulo com pedaços de vidro

No cenário da disputa eleitoral para a Prefeitura de São Paulo, os candidatos Ricardo Nunes e Guilherme Boulos foram retratados de forma única pelo artista visual Flavio Rossi. Em uma técnica inovadora, o artista utilizou pedaços de vidro unidos por cola quente para criar obras exclusivas que captam a essência dos políticos.

Encomendadas pela Folha para ilustrar o embate entre Nunes e Boulos no segundo turno das eleições, as obras de Rossi representam uma abordagem artística inovadora. Enquanto no primeiro turno os candidatos foram fotografados com câmeras Polaroid, para esta fase decisiva, o artista optou por utilizar fotos dos políticos como referência para criar retratos fragmentados.

Segundo Rossi, a proposta de retratar os candidatos com pedaços de vidro surgiu da reflexão sobre a natureza fragmentada do ser humano. “De certa maneira, todo mundo é meio fragmentado. De longe, a gente pode até parecer inteiro, mas de perto somos uma união de fragmentos, de vivências e conhecimentos”, ressalta o artista.

Com formação em artes plásticas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Flavio Rossi já teve seus trabalhos expostos em diversas instituições ao redor do mundo. Além de retratar figuras icônicas como Amy Winehouse, Salvador Dalí e Marilyn Monroe, o artista também enfrentou desafios ao lidar com o material delicado do vidro.

O processo de criação das obras, que envolve o manuseio cuidadoso do vidro, nem sempre foi fácil para Rossi. O artista relata que, em alguns momentos, se machucou devido à imprevisibilidade do material. No entanto, essa experiência trouxe aprendizados para sua trajetória artística, como a necessidade de respeitar seus limites físicos.

Assim como suas obras, que representam a quebra e a reconstrução, Flavio Rossi também enfrentou momentos de fragilidade em sua vida pessoal. Após um problema grave no ombro, o artista precisou de um ano de recuperação, enfrentando desafios físicos e emocionais.

Atualmente, o trabalho de Flavio Rossi continua a cativar públicos ao redor do mundo, demonstrando a força e a sensibilidade de um artista que transforma fragmentos em obras de arte.

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