Valdemar atinge “estado da arte do valdemarismo” ao defender anistia a golpistas, incluindo Bolsonaro, em entrevista bombástica à Band.

Em uma recente entrevista, Valdemar levantou uma questão intrigante: mesmo que ele estivesse correto, seria necessário provar que um poste seria pior do que algo incomível e intragável. Sem conhecer a alternativa, ele prefere o poste em questão…

ANÁLISE POLÍTICA
Bolsonaro passou a pressionar seus aliados para defender a anistia aos golpistas – o que incluiria a si mesmo, embora sem uma declaração explícita. Vale ressaltar que o presidente está sob investigação em três inquéritos, incluindo um datado de 8 de janeiro de 2023. Além disso, há também uma investigação relacionada a fraude no registro de vacinas e outra envolvendo joias.

Em uma terceira entrevista, concedida à Band, Valdemar expressou seu “valdemarismo” ao relatar o que teria discutido com Arthur Lira, presidente da Câmara, sobre o Projeto de Lei da anistia aos condenados por atos golpistas. Segundo suas palavras: “Vamos ver esse negócio para a gente discutir esse assunto logo. Porque você pode começar a trabalhar a anistia. Você, como presidente [da Câmara]. Pôr para começar a andar, nomear a comissão e começarmos a andar. Nós queremos incluir o Bolsonaro aí”.

Apesar disso, a defesa veemente dos golpistas feita por Valdemar foi deixada de lado, por motivos óbvios. Como já mencionei anteriormente, se a proposta de anistia avançasse e o projeto fosse aprovado – o que acredito que não acontecerá -, muito provavelmente seria considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, por se tratar de uma interferência de um Poder sobre outro. A anistia é sim uma prerrogativa do Congresso, desde que não seja utilizada para provocar crises entre os Poderes e que não haja desvio de finalidade.

Mesmo com a poesia em homenagem aos golpistas, Valdemar deixou claro, com seriedade e compaixão: “Nós queremos incluir o Bolsonaro aí”. A declaração está feita e permanece como parte importante do cenário político atual.

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