Plebiscito no Uruguai: Proposta de reforma previdenciária gera polêmica e divide opiniões política e economistas influentes.

Reforma Previdenciária no Uruguai: Debate intenso sobre o sistema das AFAPs

Diversos segmentos da sociedade uruguaia consideram o sistema das AFAPs como sendo caro e ineficiente. A proposta de um truste administrando as poupanças individuais das AFAPs gerou polêmica, com a promessa de manter os salários atuais ou até mesmo aumentá-los em relação ao sistema atual. Além disso, a possibilidade de permitir que as pessoas escolham continuar trabalhando após os 60 anos tem dividido opiniões. Estima-se que o custo anual para financiar os aumentos previstos seja de 460 milhões de dólares (2,62 bilhões de reais).

Quem se opõe?

O presidente Luis Lacalle Pou e os candidatos presidenciais dos partidos que compõem a coalizão de centro-direita que governa o país desde 2020 são contrários ao plebiscito. A Frente Ampla, por sua vez, deixou seus eleitores livres para decidir, mas os integrantes da chapa presidencial anunciaram que votarão contra o “Sim”. Mais de 100 economistas e militantes da Frente Ampla alertam para as possíveis consequências negativas de uma vitória do “Sim”. O ex-presidente José Mujica, figura iconica da esquerda, afirmou que aprová-lo causaria um caos relacionado à estabilidade jurídica do país.

Argumentos contra

Os críticos do projeto afirmam que o fim das AFAPs poderá resultar em um confisco das poupanças individuais da população, além de comprometer a segurança jurídica do Uruguai, acarretando riscos de julgamentos milionários, dificuldades de acesso ao crédito e perda de investimentos estrangeiros. Também ressaltam que as AFAPs desempenham um papel importante como investidores na economia nacional e a sua extinção pode afetar o financiamento do setor público.

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