Pesquisa da UFAL revela baixa cobertura vacinal contra Mpox em pessoas com HIV, com apenas 18,3% imunizadas após um mês de campanha.

Pesquisa da UFAL aponta baixa cobertura vacinal em pessoas com HIV

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Alagoas e publicada na Revista Brasileira de Enfermagem revelou dados preocupantes sobre a vacinação de pessoas com HIV contra o vírus da mpox. O estudo, divulgado nesta sexta-feira (25), mostrou que apenas 18,3% da população que vive com HIV e é imunossuprimida recebeu a vacina após um mês do início da campanha de vacinação promovida pelo Ministério da Saúde.

De acordo com os dados analisados, até abril de 2023, somente 21.967 doses das 49 mil adquiridas haviam sido aplicadas. Isso significa que mais da metade das vacinas compradas permaneciam encalhadas nos estados brasileiros. A pasta informou que, atualmente, o número de doses aplicadas chegou a 31.508, porém, a cobertura vacinal continua abaixo do necessário para proteger a população vulnerável.

A vacinação inicialmente era destinada a portadores de HIV imunossuprimidos, com contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses. Posteriormente, a campanha foi expandida para todas as pessoas com HIV e indivíduos em PrEP, abrangendo um público mais amplo.

Os pesquisadores enfatizaram a importância de buscar ativamente as PVHA (Pessoas Vivendo com HIV/Aids) para garantir uma cobertura vacinal adequada e prevenir o desenvolvimento de formas graves da doença. A mpox, transmitida por contato, pode ser fatal em casos raros e apresenta sintomas semelhantes aos da gripe.

Além disso, a pesquisa destacou uma baixa taxa de conclusão do esquema vacinal, atribuída à falta de conhecimento sobre a importância da vacinação, medo de efeitos colaterais e outros motivos. A região Sudeste apresentou o maior percentual de cobertura vacinal, enquanto o Sul registrou a menor taxa de vacinação em pessoas com HIV.

Nova variante do vírus mpox preocupa autoridades de saúde

Desde setembro de 2023, uma nova variante do vírus mpox, denominada cepa 1b, foi identificada e associada a um aumento significativo de casos na República Democrática do Congo. A OMS declarou a Mpox uma emergência de saúde pública global em agosto de 2024 devido à transmissibilidade e letalidade dessa nova forma do vírus.

Diante desse cenário, é essencial que as autoridades de saúde intensifiquem as ações de vacinação e conscientização, visando proteger as pessoas com HIV e reduzir o impacto da doença na população.

Sair da versão mobile