Edifício Torre Flamengo: o projeto de Niemeyer que virou esqueleto de abandono na Praia do Flamengo após anos paralisado

Edifício Torre Flamengo: promessa não cumprida

Uma década após o anúncio com pompa do Edifício Torre Flamengo, assinado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, a realidade hoje é de abandono e frustração. Com obras paralisadas desde 2017, o local se tornou apenas um esqueleto de cinco andares, cercado por tapumes pichados e estruturas enferrujadas, na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro.

O projeto, que incluía a construção de um teatro e oferecia vistas deslumbrantes, era aguardado com expectativa pelos moradores locais. No entanto, a realidade é bem diferente do que foi prometido. O terreno pertencente à União Nacional dos Estudantes (UNE) foi palco de um projeto com especificações técnicas elevadas, adequadas para médias e grandes empresas.

A responsável pelo projeto, a WTorre Engenharia, que também reformou o Estádio do Morumbi em São Paulo, não conseguiu concluir a obra dentro do prazo estipulado. A classificação Buildings A do empreendimento, com certificação green building, e uma área construída prevista de 11.949 m², contrastam com a atual cena de abandono e desgaste.

Um Terreno com História

O local onde hoje se encontra o Edifício Torre Flamengo teve diversas ocupações ao longo dos anos. Nos anos 1930, abrigava o elegante Clube Germânia, frequentado por imigrantes alemães. Durante a Segunda Guerra Mundial, a UNE ocupou o espaço, que foi destruído na Revolução de 1964. Anos depois, o terreno virou um estacionamento improvisado até a anúncio da construção do novo prédio da UNE em 2010, projeto assinado por Niemeyer.

Apesar do otimismo inicial, as obras se mantêm paralisadas, sem indícios de retomada. O DIÁRIO DO RIO buscou entrar em contato com a UNE e a WTorre Engenharia para esclarecer os motivos da interrupção, porém, não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.

Por: Nome do Jornalista | Data: XX/XX/XXXX

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