O domínio do Centrão: Como a máquina política alimentada pelo fundo partidário e eleitoral fortaleceu os grandes predadores na eleição de 2024

O Crescimento dos Partidos e a Força do Centrão

No ano de 2018, Jair Bolsonaro se destacou como uma figura que representava o antissistema, assumindo o papel de alguém que enfrentava tudo e todos sozinho. Essa imagem funcionou na época, mas está perdendo força. O desempenho do ator não convence mais.

Antes de se tornar presidente, Bolsonaro vivia à sombra dos grandes partidos políticos. Atualmente, ele se tornou um mero empregado de Waldemar Costa Neto, líder do PL. Voltou a se alimentar dos restos deixados pelos maiores predadores.

Enquanto isso, os verdadeiros predadores estão mais satisfeitos do que nunca. O PL de Waldemar Costa Neto cresceu, o PP de Arthur Lira cresceu, e o PSD de Gilberto Kassab teve um crescimento ainda maior que todos os outros. Mas por quê?

O Centrão, a elite dos partidos políticos que ocupam o topo da cadeia alimentar, mostrou nas eleições de 2024 que não há ninguém capaz de controlá-los. Eles não possuem predadores naturais.

Com a soma dos bilhões do fundo partidário, do fundo eleitoral e das emendas impositivas ao orçamento da União, foi criada uma poderosa máquina para eleger prefeitos, vereadores e deputados federais.

Pela primeira vez, ouvimos eleitores em pesquisas qualitativas citando deputados pelo nome, pois estes levaram recursos para benefícios em seus municípios através das emendas. As emendas se transformam em obras concretas, como postos de saúde, hospitais, escolas e estradas, que beneficiam diretamente o eleitor.

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