Influenciador conservador Guilherme Freire é acusado de assédio moral e sexual em ação indenizatória protocolada por ex-colega de trabalho.

O influenciador conservador Guilherme Freire está no centro de uma polêmica, sendo acusado de assédio moral e sexual por uma ex-colega de trabalho. A ação indenizatória foi protocolada por ela recentemente na Justiça de São Paulo.

A jovem, identificada como Catarina Torres, alega que os episódios de assédio ocorreram no final de 2021, quando ela tinha apenas 18 anos e trabalhava na produtora Brasil Paralelo, sob a direção de Freire.

No processo, foram apresentados áudios e conversas de WhatsApp que indicam a possibilidade de existirem outras vítimas das atitudes de Freire.

Em contato com a reportagem, o influenciador não respondeu aos questionamentos feitos. Seu advogado, Miguel Vidigal, defendeu que o processo é baseado em calúnias e que a defesa será feita perante o juízo. Já a Brasil Paralelo afirmou estar colaborando com as investigações em andamento.

Catarina revelou que tentou expor o caso nas redes sociais, mas enfrentou resistência. Freire possui uma grande quantidade de seguidores e já ocupou cargos importantes nos governos de Jair Bolsonaro e Ratinho Jr., fatores que, segundo a jovem, contribuíram para o seu silenciamento.

O influenciador, que possui mais de 450 mil seguidores no Instagram, é conhecido por abordar temas relacionados à história, virtudes e religião. Ele já participou de diversos programas de rádio e podcast.

Antes de sua passagem pela Brasil Paralelo, Freire atuou como secretário adjunto na Secretaria Nacional de Juventude durante o governo Bolsonaro. Posteriormente, ocupou cargos no governo do estado do Paraná. Após deixar a produtora, ele fundou duas empresas voltadas para o ensino de filosofia e tradicionalismo.

O processo, inicialmente público, foi colocado em sigilo após ganhar repercussão nas redes sociais. Nele, Catarina relata detalhes dos comportamentos invasivos e manipuladores de Freire, que resultaram em danos psicológicos e emocionais para ela.

Os advogados da jovem buscam reparação por danos morais, materiais e lucros cessantes, além de uma pensão vitalícia. Catarina também aborda as consequências do assédio, como ansiedade, depressão e transtornos somáticos.

Outras possíveis vítimas de Freire não avançaram com processos judiciais, porém, conversas anexadas aos autos indicam experiências similares. A Brasil Paralelo, que demitiu o influenciador após as denúncias, afirma estar colaborando com a investigação em curso.

Sair da versão mobile