Disputa acirrada: Camaçari divide-se entre azuis e vermelhos no segundo turno das eleições municipais, em embate que vai além dos limites do município.

A disputa acirrada em Camaçari: Cores, estratégias e simbolismos nas eleições municipais

A movimentada avenida Comercial, no coração de Camaçari, foi tomada pela cor vermelha na última quinta-feira (17) durante um comício que contou com a presença do ex-presidente Lula (PT). Ao lado do candidato a prefeito Luiz Caetano (PT), Lula vestia uma camisa social azul, cor associada à campanha do concorrente Flávio Matos (União Brasil). No entanto, antes de subir ao palco, o presidente foi informado sobre o detalhe e prontamente trocou a camisa azul por uma vermelha, para demonstrar apoio ao seu partido.

A eleição em Camaçari é um verdadeiro duelo voto a voto entre os grupos políticos que dominam o cenário local. Com uma cidade dividida entre azul e vermelho, o embate vai muito além dos limites municipais e projeta-se para as eleições estaduais de 2026, colocando em destaque o PT e a União Brasil.

No primeiro turno, a disputa já mostrava estar acirrada, com Luiz Caetano à frente com 49,5% dos votos, seguido por Flávio Matos, com 49,1%. Uma diferença de apenas 559 votos separou os candidatos, evidenciando a divisão do eleitorado.

Luiz Caetano, com vasta experiência política, já ocupou o cargo de prefeito de Camaçari por três mandatos, além de ter sido deputado federal e secretário estadual. Do outro lado, Flávio Matos, representando a União Brasil, busca se descolar do atual prefeito Elinaldo Araújo e apresenta-se como uma nova opção para a cidade.

Os líderes dos dois grupos têm marcado presença constante na cidade durante o segundo turno, buscando apoio de eleitores, vereadores e líderes comunitários. As estratégias incluem a realização de comícios com apoio de figuras políticas influentes, como governadores, senadores e ex-presidentes.

A disputa não se restringe apenas às propostas e ideias dos candidatos. Acusações mútuas de irregularidades, compra de votos e até mesmo envolvimento com facções criminosas têm marcado a reta final da campanha. O clima de tensão se intensificou com declarações polêmicas e ações na Justiça Eleitoral envolvendo os dois grupos concorrentes.

No próximo domingo (27), a população de Camaçari decidirá o rumo da cidade pelos próximos quatro anos. O resultado terá impacto não apenas localmente, mas também poderá influenciar o cenário político estadual, projetando as disputas futuras entre PT e União Brasil para as eleições de 2026.

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