Brasil pressiona por mais financiamento climático para países em desenvolvimento no G20 e promove recomendações para fundos ambientais

Monitoramento das recomendações do relatório de finanças sustentáveis do G20

O monitoramento da implementação efetiva das recomendações do relatório será conduzido durante as próximas presidências do G20 em colaboração com os fundos verticais climáticos e ambientais, observando sua natureza voluntária”, disse o relatório de finanças sustentáveis do G20.

O Brasil tem usado sua presidência do G20 para pressionar por maneiras de aumentar o financiamento para os países em desenvolvimento, argumentando que eles estão ficando para trás na transição para economias de baixo carbono e, ao mesmo tempo, suportando cada vez mais o peso do impacto das mudanças climáticas.

A secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, que coordena a trilha financeira do Brasil, disse que as recomendações para os fundos climáticos, bem como um roteiro para a reforma dos bancos multilaterais de desenvolvimento a fim de aumentar sua capacidade de empréstimo, foram resultados significativos da reunião dos ministros das Finanças do G20, dada sua conexão com a necessidade de mobilizar mais recursos para financiar a transição climática.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, falando ao lado da secretária em uma coletiva de imprensa às margens das reuniões do FMI e do Banco Mundial, disse que os líderes nacionais que se reunirão na cúpula do G20 no Rio de Janeiro em novembro “vão estar bebendo dessa fonte”.

“Mesmo num contexto geopolítico de muitas tensões, de recrudescimentos que até poderiam prejudicar que chegássemos a consensos, foi possível estabelecer compreensão que o tema do clima precisa de esforço conjunto, muita cooperação, independente de nossas diferenças”, disse a ministra.

Por Marcela Ayres
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