Boulos arrisca aliança com Marçal em busca de votos nas regiões periféricas e coloca estratégia em xeque para reta final.

Bolsonaro é assim: ele tenta hackear o sistema para proveito próprio, surfar em cima disso e contaminará Nunes com a rejeição. Marçal tenta aparecer agora e Boulos, que não tem nenhum amor ou simpatia por ele, topa [participar da sabatina].

Boulos está sendo pragmático, mas isso tem um limite. Marçal deveria dialogar simplesmente com a Justiça Eleitoral e com a Comum. Neste momento, deveríamos discutir a inelegibilidade dele por oito anos. Marçal deveria ser alvo da atenção da ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral e da Justiça Eleitoral de maneira geral, e não dos outros candidatos.

Neste momento, Marçal tem a visibilidade que ele quis e entra no jogo político. O custo para a democracia é alto por continuar o considerando como um interlocutor. A depender do que aconteça, essa atenção a Marçal pode cobrar um preço muito caro em 2026. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Para Sakamoto, por trás do “sim” de Boulos ao convite de Marçal está a esperança de resgatar parte dos votos perdidos nas regiões periféricas no primeiro turno.

Pela cabeça dele [Boulos], está passando a ideia de que todas as armas valem a pena nesta reta final, principalmente para conquistar não apenas o público do Marçal relacionado ao antipetismo e ao bolsonarismo raiz, mas o da periferia. Há uma expectativa por parte da campanha de Boulos que esses votos da periferia migrem.

Se Nunes aceitasse [ir à sabatina de Marçal], já não sei se Boulos participaria. Na avaliação da equipe de campanha de Boulos, uma sabatina só com ele e Marçal pode fazer uma diferença significativa na reta final. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

Recentemente, um cenário político marcado por estratégias controversas tem chamado a atenção do público. O presidente Bolsonaro, conhecido por sua abordagem polêmica, tenta manipular o sistema em seu próprio benefício. Nesse contexto, a figura de Marçal surge como uma peça que pode ser utilizada para influenciar negativamente a campanha de Nunes.

Por outro lado, Boulos, mesmo sem afinidade com Marçal, decide participar de uma sabatina com ele. Essa atitude pragmática levantou questionamentos sobre os limites da estratégia política adotada. Alguns analistas acreditam que Marçal deveria ser o foco da investigação das autoridades eleitorais, ao invés de receber atenção dos adversários.

Leonardo Sakamoto, colunista do UOL, destaca a importância dessa movimentação para a campanha de Boulos, que busca reconquistar votos nas regiões periféricas. Existe uma expectativa de que a adesão de votos do eleitorado periférico possa ser alcançada através desse novo movimento estratégico.

Em meio a essas decisões políticas, Boulos enfrenta o desafio de equilibrar as diversas demandas de sua campanha. A possibilidade de participar de uma sabatina conjunta com Marçal poderia representar uma oportunidade valiosa para conquistar eleitores indecisos, mas também carrega consigo riscos e incertezas.

Diante desse cenário complexo, é fundamental observar como as peças se movem no tabuleiro político, e como as estratégias adotadas agora podem impactar o futuro do país. A atenção à figura de Marçal e suas interações com os demais candidatos podem ser determinantes para o desfecho das eleições e para o cenário político que se desenha para os próximos anos.

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