G20, presidido pelo Brasil, aprova roteiro para reformar bancos multilaterais de desenvolvimento e impulsionar desenvolvimento global.

Brasil preside reunião do G20 e aprova roteiro de reforma para bancos multilaterais de desenvolvimento

No dia 23 de março, o G20, sob a presidência do Brasil, aprovou em Washington um roteiro que busca reformar os Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (BMDs) visando torná-los mais eficazes na busca dos objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos pela ONU.

O plano inclui a implementação de reformas operacionais, aumento da capacidade financeira e melhor integração entre os bancos, além de incentivar investimentos privados e recursos domésticos para impulsionar o desenvolvimento global.

Os BMDs são instituições financeiras públicas que têm como finalidade financiar projetos que promovam o desenvolvimento econômico e social dos países clientes. Exemplos desses bancos são o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial.

No discurso de abertura de um jantar com ministros das finanças e presidentes de bancos centrais dos países membros do G20, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a aprovação de um guia para orientar os bancos multilaterais de desenvolvimento na busca das metas estabelecidas.

Segundo Haddad, o roteiro foi elaborado com consultas a especialistas, à sociedade civil e aos próprios BMDs. Ele destacou a importância de implementar a cooperação e aprimorar a eficiência operacional, o aumento da capacidade financeira e a coesão entre as instituições.

O Ministro ressaltou a necessidade dos bancos se adaptarem às mudanças constantes no cenário global de desenvolvimento, fortalecendo o apoio a plataformas de financiamento, agilizando os fluxos de projetos e fomentando a inovação.

Além disso, as reformas visam melhorar a acessibilidade e eficiência dos serviços, promover a mobilização de recursos domésticos e incentivar o uso de financiamento em moedas locais, buscando elevar os investimentos privados e impulsionar o desenvolvimento sustentável.

Após a aprovação do roteiro, o Grupo de Trabalho de Arquitetura Financeira Internacional desempenhará um papel central na implementação das ações propostas, garantindo um processo colaborativo e dinâmico para acompanhar o progresso e enfrentar os desafios emergentes.

Além disso, foi anunciado o lançamento de uma plataforma que irá mapear e listar projetos de economia verde alinhados aos planos do governo federal, reunindo investidores e financiadores, tanto públicos quanto privados, e instituições financeiras globais.

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