Auditor fiscal que copiou dados fiscais de desafetos de Bolsonaro desiste de mandado de segurança para reverter demissão no STJ.

Demissão de auditor fiscal que acessou dados sigilosos de desafetos de Bolsonaro é mantida

O ex-auditor fiscal Ricardo Pereira Feitosa, conhecido por copiar dados fiscais sigilosos de desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro, desistiu do mandado de segurança que buscava reverter sua demissão, determinada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no mês de outubro de 2023.

O pedido de Feitosa estava agendado para ser julgado nesta quarta-feira (23), no Superior Tribunal de Justiça.

O caso veio à tona em fevereiro de 2023, quando uma reportagem de Ranier Bragon, da Folha, revelou que Feitosa, que ocupava o cargo de chefe de inteligência da Receita Federal durante o início do governo Bolsonaro, acessou e copiou dados fiscais sigilosos do coordenador das investigações sobre o suposto esquema das “rachadinhas”, o então procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem.

Além disso, Feitosa também teve acesso não autorizado aos dados fiscais do empresário Paulo Marinho e do ex-ministro Gustavo Bebianno, falecido em 2019.

No pedido ao STJ, Feitosa alegou que houve uma “mutação ilegal da hipótese acusatória”, questionou a caracterização de sua conduta como improbidade administrativa, citou a nova Lei 14.230/2021, defendeu que sua ação não configura um delito formal e argumentou que a demissão foi desproporcional.

O ministro Gurgel de Faria indeferiu a liminar em fevereiro, alegando que os requisitos para a concessão não estavam presentes, como a relevância dos argumentos e o risco de dano irreparável ou de difícil reparação. Ele ressaltou a presunção de legalidade da sanção imposta.

A desistência da ação foi solicitada por Feitosa na última sexta-feira (18) e homologada pelo ministro Sérgio Kukina na segunda-feira (21).

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